O embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, reconheceu hoje que a situação pandémica está a afetar os doentes evacuados para tratamento naquele país, mas garante que, mesmo assim, têm os seus direitos salvaguardados.
“A situação pandémica em Portugal é preocupante, há uma fila enorme de espera no atendimento, em consequência disso os cerca de 1000 doentes cabo-verdianos permanentes em Portugal ficam condicionados”, explicou Eurico Monteiro em declarações à RCV.
O mesmo garante, no entanto, que as situações de máxima urgência estão a ser atendidas, como é o caso de doenças renais que exigem hemodiálise.
Segundo essa fonte, cerca de 75% dos doentes vivem com os familiares e os outros 25% em residências alugadas pela embaixada e geridas por organizações de apoio social.
Com a pandemia, diz o embaixador, os problemas aumentaram e as dificuldades agravaram-se, portanto os doentes cujo tratamento está concluído podem regressar a Cabo Verde, o único impedimento neste momento é a redução de voos, consequência direta das medidas restritivas impostas pelo governo português para combater a propagação do vírus.
Eurico Monteiro, garante que os direitos dos doentes estão preservados e esses continuarão a receber os seus subsídios enquanto estiverem em território português, a fim de colmatar as dificuldades sentidas.
C/RCV
