O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, disse que o novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos trabalhadores da Inforpress pode ser “aprovado e entrar em vigor” antes das eleições legislativas previstas para Abril próximo.
Estas declarações foram prestadas, na sexta-feira (29), à margem da inauguração das obras de reabilitação das instalações da Agência Cabo-verdiana de Notícias.
“Espero que antes das eleições do dia 18 de Abril o PCCS [Plano de Cargos, Carreiras e Salários] possa ser aprovado, publicado em Boletim Oficial e entrar em vigor”, escreve a Inforpress, citando Abraão Vicente.
Segundo este governante, há um “entendimento por parte do Governo e da Unidade de Gestão das Empresas do Estado de que é necessário promover a aprovação do PCCS da Inforpress”. O mesmo afirmou que findo o período de socialização do PCCS, este instrumento de gestão pode ser aprovado pelo Governo.
“Este é o momento de maior demanda de actualização dos PCCS, porque, como é óbvio, em períodos eleitorais os trabalhadores e as instituições tentam garantir o máximo possível de ganhos no termo do mandato”, lembrou, acrescentando que há vontade da parte do executivo que o referido PCCS “seja aprovado antes das eleições legislativas”.
O PCCS é uma reivindicação antiga dos trabalhadores da Inforpress, conforme reconheceu hoje a gestora única da empresa, Jaqueline de Carvalho.
A responsável admitiu, ainda, que o novo PCCS, que se encontra em período de socialização com os trabalhadores, “está totalmente desfasado” em relação às novas dinâmicas laborais na Inforpress.
Na ocasião, anunciou o Plano de Negócios da Agência que, segundo ela, prevê um “novo modelo de negócios baseado na comercialização de conteúdos”.
Apontou Fevereiro como o mês para a Redacção da Inforpress ser contemplada com novos equipamentos tecnológicos, num valor de aquisição que atinge 3.400 contos, materiais esses financiados pelas embaixadas da República Popular da China e de Portugal.
Relativamente ao projecto de arquitectura da Inforpress, com recurso á utilização de energias renováveis, Jaqueline de Carvalho avançou que o edifício vai ter mais um piso, para além de salas de co-working e construção de um auditório para 70 pessoas.
“As intervenções realizadas já foram pensadas e organizadas para absorver o novo projecto”, admitiu a gestora única da Inforpress.
Apontou, por outro lado, outras realizações levadas a cabo, nomeadamente no domínio da formação em jornalismo e multimédia, orçadas em 5.600 contos, em parceria com a Agência Lusa e a Direcção-Geral da Comunicação Social, que se destinou não só a profissionais da Inforpress, mas também aos da imprensa privada.
Esta formação, conforme Jacqueline de Carvalho, foi financiada pelo Instituto Camões.
Neste momento, a Inforpress já fez a digitalização de mais de 35 mil fotografias, que fazem parte do seu espólio e em 2019 e 2020 lançou áudio e vídeo, respectivamente.
Em jeito de conclusão, aquela responsável indicou que nos últimos três anos a Inforpress já realizou investimentos superiores a 16 mil contos, contemplando áreas de tecnologia, infra-estruturas, formação e estudos.