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Economia

Carpaccio Gourmet artesanal de São Vicente vai chegar ao “El Corte Inglês”

Há uma iniciativa empreendedora a nascer no Mindelo. Através da valorização sustentável do pescado nacional, surge um Carpaccio Gourmet artesanal. Uma iniciativa do biólogo Tommy Melo.  O conceito chama-se “Do Farol” e, para além de representar a história de uma família descendente de faroleiros, eleva o valor de um produto local e da vida sofrida dos pescadores.

A partir dos finais de Fevereiro o mercado nacional e internacional vai receber o Carpaccio Do Farol, fabricado em Mindelo, pelo biólogo e amante do mar, Tommy Melo. Um produto gourmet e 100% hand made, “de família para família”, como diz o seu slogan.

“Eu sempre gostei de cozinhar, assim como todos os homens da minha família. Faço carpaccio há mais de dez anos. Gostei muito do prato quando me foi apresentado e desde então venho fazendo modificações, até chegar nas minhas próprias receitas, que têm merecido apreciação positiva”, explica o biólogo.

A este gosto pela cozinha, Tommy Melo, que também é presidente da ONG Biosfera Cabo Verde, junta a pesca responsável e sustentável e a valorização do pescado nacional.

Tudo isto na linha das boas práticas de pesca sustentável desenvolvidas pela Biosfera, o que leva os pescadores a respeitar, não só a qualidade que se exige do pescado, mas as próprias leis da pesca nacionais.

Para além do mercado nacional, “Do Farol” já tem contrato estabelecido com a linha gourmet do El Corte Inglés, marca de qualidade a nível internacional.

A fábrica onde será produzido o carpaccio, está instalada na zona industrial de Ribeira de Julião, e na qual o mentor está a trabalhar há cerca de dois anos, já está pronta, aguardando apenas pela inspecção nacional, que deve acontecer dentro de uma semana. O produto, segundo Melo, foi testado em laboratório e passou com excelência.

Vai receber dez trabalhadores, responsáveis por cada detalhe do processo. Para começar, serão dois sabores de carpaccio, todos de atum mas com marinadas diferentes. Entretanto, Tommy Melo diz que já testou outros peixes, como o esmoregal e que, em alguns meses, poderá introduzir novos sabores.

O pescado deve ser fornecido pelos pescadores locais e pretende unificar o valor de mercado, com um preço único válido para todo o ano.

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