A eurodeputada de origem cabo-verdiana Mónica Semedo, eleita pelo Partido Democrático (DP), no Luxemburgo, anunciou que está de saída desse partido liberal. Contudo, não esclareceu se tenciona deixar o cargo de deputada europeia.
A decisão foi anunciada pela própria através da sua página pessoal do Facebook, na terça-feira à noite, e surge na sequência de Mónica Semedo ter sido suspensa das suas funções de eurodeputada, por um período de 15 dias, devido a actos de assédio moral contra os seus assistentes parlamentares.
A suspensão aconteceu no passado dia 18 e, desde então, a mesma tem estado debaixo de fogo cruzado e tem sido alvo de várias críticas.
Segundo avança o site Lux24, Mónica Semedo foi inclusive alvo de críticas por parte do primeiro-ministro Xavier Bettel, eleito pelo DP, e também da ministra e presidente do DP, Corinne Cahen.
Semedo antecipou-se assim a possíveis sanções do seu partido, que, segundo a mesma fonte, reuniu-se esta quarta-feira,27,para analisar o dossier.
“Gostaria de ter-me expressado de forma diferente nos últimos dias, mas o DP me aconselhou a não fazê-lo”, explicou Mónica Semedo, na sua página de Faebook. A mesma disse que aceitou esta recomendação “para proteger o partido”.
Entretanto, o site Contato, avança que o DP quer que Mónica Semedo abdique do seu mandato no Parlamento Europeu, para que possa ser ocupado por um membro do partido.
Recorde-se que Mónica Semedo foi eleita em Maio de 2019 Eurodeputada, pelos liberais do DP do Luxemburgo. Filha de pais cabo-verdianos naturais da ilha de Santiago, Mónica Semedo nasceu no Luxemburgo onde construiu a sua carreira.
É licenciada em Ciências Políticas pela Universidade de Trier, na Alemanha, onde defendeu uma tese sobre as negociações do segredo bancário no Conselho dos Assuntos Económicos e Financeiros (Ecofin).
