O professor e historiador guineense Leopoldo Amado, 61 anos, morreu este domingo em Dakar, no Senegal, vítima de doença, disse esta segunda-feira à Lusa fonte do Governo e anunciou que o corpo será transladado para o funeral.
Leopoldo Amado desempenhava o cargo de comissário da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a Educação, Ciência e Cultura, desde 2018.
Nascido em Catió, no sul da Guiné-Bissau, Leopoldo Amado era um conhecido historiador e investigador sénior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) do qual chegou a ser director-geral. No seu país também esteve ligado à Liga Guineense dos Direitos Humanos, de que chegou a ser presidente num dado período.
Parte da sua obra como historiador está ligada à luta de libertação nacional da Guiné. Tanto assim que trabalhou directamente com o presidente Aristides Pereira na elaboração do livro “Uma luta, um partido, dois países”.
Além do seu país, onde era um académico respeitado, Leopoldo Amado leccionou na Universidade de Cabo Verde (UNI-CV) e em instituições de ensino em Portugal.
Enquanto comissário da CEDEAO, tinha como grande objectivo, para os próximos anos, “melhorar a qualidade do ensino” na Guiné-Bissau para que pudesse competir com os demais países da organização.
A CEDEAO é composta por Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.