Cabo Verde vai adoptar o modelo padrão de vacinação que está a ser aplicado em outros países e garantir que, pelo menos, 95% da população de risco seja contemplada na primeira fase de vacinação.
Assim, os profissionais da saúde serão os primeiros da fila, seguindo-se as pessoas com maior risco de ter a forma grave da covid-19 e que podem esgotar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde.
A garantia é dada pelo Governo de Cabo Verde, em comunicado, na sequência da notícia veiculada nos órgãos de comunicação social nacionais, e internacionais, que dava conta que 10 mil profissionais do turismo estariam entre os grupos prioritários, conforme informações de Olavo Correia, vice-primeiro-ministro.
Na terceira posição na escala de prioridades está a Polícia Nacional e Forças Armadas, que também estão na linha da frente de combate.
As pessoas que trabalham no domínio do turismo constituem o quarto grupo, no sentido de dar mais segurança aos turistas que visitam Cabo Verde, segundo explica a mesma fonte.
“No combate à pandemia, a proteção da vida e a saúde dos cabo-verdianos estão e continuarão no primeiro plano”, explica o Governo, que garante estar alinhado com as melhores práticas internacionais, visando também a proteção das empresas, dos empregos e dos rendimentos.
“Ao mesmo tempo, adotamos um conjunto de iniciativas e realizamos investimentos importantes para criar confiança na segurança sanitária e na economia de Cabo Verde, perspectivando a retoma do turismo, a recuperação, a estabilização e a aceleração do crescimento económico”, explica.
Ainda segundo o mesmo comunicado, o Governo está a acelerar os passos para a execução do Plano de Vacinação contra a covid-19 e já garantiu recursos para materializar esse plano.
“Já estão mobilizados 5 milhões de dólares junto do Banco Mundial e mais 10 milhões estão sendo mobilizados no quadro de um projeto regional”, especifica.
A mobilização da vacina, termina, está a ser feita utilizando uma abordagem assente em três eixos importantes, nomeadamente comercial, político-diplomático e em colaboração com os parceiros internacionais, inclusive a Organização Mundial da Saúde e o Banco Mundial.
O Governo apela, por isso, à serenidade no tratamento da problemática da pandemia da covid-19, que é de “elevada sensibilidade” para todos os cabo-verdianos e cujo combate requer o contributo responsável de todos.