O presidente do Sindicato de Indústria Alimentação Construção Civil Agricultura e Florestas, Serviços Marítimos e Portuários (SIACSA), Gilberto Lima, exorta os trabalhadores da Frescomar a manterem-se tranquilos uma vez que, por agora, não vai haver mais despedimentos.
Este responsável acrescentou que em breve o governo vai firmar o acordo de derrogação das normas de origens com a União Europeia (UE).
“Os trabalhadores da Frescomar estão com medo, porque na verdade estão em risco de perder os seus postos de trabalho e o ganha-pão para as suas famílias. Mas na verdade é um pânico que foi criado, porque este acordo será reafirmado dentro de poucos dias”, garantui em entrevista à RCV.
E prossegue, argumentado, que “por isso que estamos a dizer às pessoas da Frescomar para se manterem tranquilas, brevemente vai ser reafirmado o contrato, que irá ter vantagens nele porque não perderão os empregos, pelo menos agora”, diz Gilberto Lima.
O presidente do SIACSA acusa uma outra central sindical de ter agido sobre esta matéria, não como sindicato, mas sim como se fosse empregador.
“Ouvimos outro sindicato a falar sobre os trabalhadores da Frescomar e ficamos um pouco intrigados, porque ele foi falar como se fosse um responsável da empresa. Ele é o sindicato e deve falar em nome do sindicato”.
Para o SIACSA o país precisa reunir competências e criar condições para gerir os recurso marinhos e ser o próprio a realizar vendas para a UE.
“Mas pelo menos esta última vez, Cabo Verde tem que ter competência para gerir o seu mar, a nível de pesca, para vender ele mesmo o seu produto à UE. Por isso não faz sentido no momento, passando tanto tempo, para ainda não termos criado condições, para fazer isso e temos condições de fazê-lo. Espero que o governo faça este papel em 2022.”, conclui.
C/RCV