Kelven Tavares, ou “Bartu”, como é popularmente conhecido, idolatra Amílcar Cabral. A seu ver, além de ser “o pai da Nação cabo-verdiana”, o fundador do PAIGC “deu voz ao povo” na Guiné e em Cabo Verde.
Nascido a 13 de Janeiro de 1991, Kelven Tavares carrega consigo um sentimento de orgulho por ter nascido, por um lado, no dia em que Cabo Verde elegeu, pela primeira vez, pelo voto directo os seus governantes, mas, por outro, não esconde, igualmente, o respeito e o orgulho que sente por Amílcar Cabral.
Por essa razão, o 20 de Janeiro é merecidamente o Dia dos Heróis Nacionais, tendo Amilcar Cabral como patrono. “Amílcar Cabral, posso dizer, é para um mim mais do que um ídolo, é um Deus, para o meu povo e não só. Ele deu a sua vida para a Independência do seu povo. O que ele fez foi um acto de coragem e bravura, digno de um herói”, afirma Bartu ao A NAÇÃO.
Relativamente à história de Cabo Verde, Bartu não tem dúvidas de que a biografia de Amílcar Cabral supera a própria história de todo o país, na medida em que ela extrapola as fronteiras da Guiné e Cabo Verde, para ser também uma parte importante da história de África.
“Pela sua relevância e importância do seu pensamento, esse grande combatente deveria ser mais falado e ensinado, a sua vida, a sua luta, o seu percurso e a sua contribuição para Cabo Verde porque Cabral foi, e é, a nossa história”, acrescenta.
Natural da Praia, emigrado há 10 anos, em Portugal, onde se formou e trabalha, Kelven Tavares diz não esquecer a história dos seus antepassados e do seu país, e agora, com dois filhos menores, garante que os procura sempre informar e ensinar sobre o percurso de Cabo Verde… “Para que não se esqueçam das suas origens”, conclui.
(Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 699, de 21 de Janeiro de 2021)
