O Centro de Diálise da Região de Barlavento foi inaugurado esta terça-feira, 19, no Hospital Baptista de Sousa, em São Vicente. Com 23 unidades de diálise, a estrutura tem capacidade para tratar até 150 pacientes, e até 35 doentes em cada turno.
O Centro de Diálise da Região do Barlavento resulta de uma parceria entre o Governo de Cabo Verde e o Governo Português, tendo em vista evitar a transferência de doentes para o exterior e mesmo a sua concentração na ilha de Santiago.
Orçado em cerca de 200 mil contos, o investimento deve responder às necessidades de 40% dos doentes do país e permitir que pacientes das ilhas de Barlavento façam o tratamento mais perto de casa e dos familiares, ganhos evidentes do ponto de vista social e psicológico, como sublinhou o ministro da saúde, Arlindo do Rosário.
Segundo Arlindo do Rosário, as doenças crônicas não transmissíveis, particularmente a hipertensão arterial e a diabetes, estão em crescimento a nível mundial e também em Cabo Verde e são os principais responsáveis pela insuficiência renal crônica terminal, que leva os doentes a fazer hemodiálise.
Para o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que presidiu o acto de inauguração, trata-se de mais um compromisso que o seu Governo concretiza, com “mais-valia indiscutível” para a vida das pessoas que necessitam de diálise e também para São Vicente, que ganha uma infraestrutura de Saúde de “alto padrão”.
Por sua vez, o presidente do Camões Instituto da Cooperação e da Língua, João Ribeiro de Almeida, presente no acto, revelou “satisfação pessoal e institucional” por constatar que Portugal contribuiu para o aumento da disponibilidade dos cuidados de Saúde diferenciados, especializados e mais próximos das populações do Barlavento.
Actualmente, Cabo Verde tem 188 doentes com insuficiência renal que precisam de hemodiálise para sobreviver, dos quais 166 encontram-se na ilha de Santiago e 22 na ilha de São Vicente.