A eurodeputada cabo-verdiana Mónica Semedo, eleita pelo DP do Luxemburgo, foi suspensa das suas funções por um período de 15 dias, avança o site Contato. Em causa actos de assédio moral contra os seus assistentes parlamentares.
Segundo a mesma fonte, a suspensão foi anunciada pelo Presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, na abertura da sessão desta segunda-feira,18, à noite em Bruxelas.
Assim, durante as duas semanas, Semedo não terá direito a ajudas de custo diárias e não será permitido participar em atividades do Parlamento Europeu.
A mesma já tinha sido alvo de queixas da parte da sua equipa, uma vez que exigia que estes estivessem constantemente disponíveis.
“Desculpas”
Em comunicado, a luxemburguesa pediu desculpa e lamentou o que aconteceu.
“Desde o início do meu mandato – e mesmo antes disso – sou muito exigente comigo e com a minha equipa, o que infelizmente criou tensões intransponíveis, das quais lamento”, afirmou.
A equipa de trabalho terá sido reorganizada em março de 2020 e desde então mantém uma “excelente relação de trabalho” com os assistentes.
Recorde-se que Mónica Semedo foi eleita em Maio de 2019 Eurodeputada, pelos liberais do DP do Luxemburgo. Filha de pais cabo-verdianos naturais da ilha de Santiago, Mónica Semedo nasceu já no luxemburgo onde construiu a sua carreira. É licenciada em Ciências Políticas pela Universidade de Trier, na Alemanha, onde defendeu uma tese sobre as negociações do segredo bancário no Conselho dos Assuntos Económicos e Financeiros (Ecofin).