O empresário e emigrante cabo-verdiano Marcos Rodrigues, que tencionava candidatar-se a Presidente da República e que viu-se impedido pelo artigo 109º da Constituição da República, mostra- se indignado com essa exclusão.
O artigo 110°, diz, exige exclusivamente nacionalidade cabo-verdiana aos candidatos, o que na óptica de Rodrigues é uma injustiça dado o papel da diáspora no desenvolvimento do país.
“A diáspora tem também razões para querer participar no desenvolvimento do país com o seu conhecimento. Estamos em quase todos os processos de desenvolvimento dos países acolhedores e podemos trazer, obviamente, este conhecimento para Cabo Verde. O Governo de Cabo Verde não tem condições suficientes para mitigar os grandes problemas desta nação sem a diápora”, considera Marcos Rodrigues.
Neste sentido, diz ser até paradoxo tentar excluir a imigração do ponto de vista da representação do Estado cabo-verdiano, e depois chamar a imigração para “tudo aquilo que é importante” para o desenvolvimento de Cabo Verde.
Rodrigues diz estar a trabalhar com um constitucionalista de referência e a verificar as outras pendências que possam existir e que possam promover a exclusão da participação da diáspora nas presidenciais e não sendo superada diz que a Assembleia Nacional “terá competências” para resolver a questão.