A falta de oxigénio nos hospitais de Manaus – a Capital do Estado de Amazónia – deu origem a “concertos” de panelas um pouco por todo aquele País Lusófono da América Latina
A falta de oxigénio nos hospitais de Manaus, na Amazónia – avança dn.pt -, confrontados com um forte surto epidémico, provocou, na sexta-feira, 15, concertos de panelas nas grandes cidades do Brasil, em protesto contra o Presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro.
“Bolsonaro, fora!”, gritaram, em fúria, muitos brasileiros das janelas, em diferentes bairros do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, que não se manifestavam, desta forma, desde meados do ano passado, quando o País atravessou o pico da primeira vaga de COVID-19.
O Estado do Amazonas (No Norte), que conheceu, em Abril e Maio enterros colectivos e o colapso do Sistema de Saúde, vive, há semanas, uma nova vaga da Epidemia, que saturou os hospitais e esgotou as reservas de oxigénio.
O Brasil ficou profundamente chocado com as imagens que circulam nas redes sociais, mostrando famílias de doentes a levar garrafas de oxigénio para o Hospital, relatos de médicos a terem de ventilar, manualmente, os pacientes e mortes por asfixia, enquanto o Governo local instituiu o recolher obrigatório por dez dias, para tentar conter a Pandemia.
Na sexta-feira, dezenas de pessoas faziam fila em frente a um posto de distribuição, na esperança de conseguir adquirir cilindros de oxigénio para os familiares hospitalizados.
A Região foi identificada como origem de uma variante do vírus que, segundo os cientistas, poderá ser mais contagiosa.
O director para as questões de Emergência Sanitária da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, advertiu, na sexta-feira, que, a continuar assim, irá verificar-se “uma vaga ainda mais forte do que a vaga catastrófica de Abril-Maio” no Amazonas, em particular na Capital: a Cidade de Manaus.