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Economia

Frescomar diz estar à espera de um sinal do Governo e confirma risco de fechar

A direcção comercial da Frescomar, em São Vicente, garante que até agora não recebeu qualquer sinal do Governo quanto à renovação do Acordo de Derrogação das Normas de Origens entre Cabo Verde e a União Europeia.

Miguel Pinto, em declarações à Inforpress, explicou que a empresa já fez o seu trabalho de casa desde Março de 2020, mas que até agora não recebeu qualquer sinal do executivo, quando o esperam desde 1 de Janeiro último.

“Sugerimos e fizemos o nosso trabalho de casa documentado e apoiado, como nos anos anteriores, e entregue com tempo suficiente”, sublinhou, adiantando que neste momento estão a “trabalhar sob pressão, algo que não é salutar e nem saudável”.

Responsabilidades

Miguel Pinto diz ainda que a direcção da empresa está preocupada, uma vez que as responsabilidades são “muito grandes” e há vários contratos a serem cumpridos “custe o que custar”.

Desta forma, a empresa corre o risco de parar, caso não tenha o abastecimento de matéria-prima, que neste caso vem da Europa.

 “Cabo Verde precisa repensar o modelo de desenvolvimento que se quer e que foi colocado a nu pela pandemia” alerta, questionando se será o turismo a alavanca do futuro.

Pinto fala ainda na urgência de se ultrapassar este impasse político-económico e de diplomacia e que já foi resolvido por países como Colômbia, Equador, Peru, Seychelles, Maurícias, que tem a questão das pescas como um desígnio.

A questão já foi abordada pela secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, em conferência de imprensa na semana passada, onde alertou para o facto da Frescomar estar em iminência de despedir 800 trabalhadores até ao final deste mês, caso o Acordo de Derrogação das Normas de Origens entre Cabo Verde e a União Europeia não seja renovado.

A Frescomar é uma sociedade anónima cabo-verdiano-espanhola que obteve certificado de empresa franca em Abril de 1997 para se dedicar à prática da transformação do pescado e sua comercialização, tendo a Europa como principal mercado.

Actualmente estão empregados na unidade do Lazareto, em São Vicente, 1.500 pessoas.

C/ Inforpress

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