Congresso começa nesta sexta-feira e no sábado é conhecido o vencedor. Friedrich Merz, Armin Laschet e Norbert Röttgen são os candidatos, mas é Markus Söder que poderá acabar por ir a votos nas Eleições de 29 de Setembro, para suceder à chanceler Angela Merkel.
Quase um ano depois de Annegret Kramp-Karrenbauer se demitir da liderança da União Democrata-Cristã (CDU) e após dois adiamentos, por causa da Pandemia de COVID-19, os conservadores alemães escolhem o seu novo líder neste sábado.
A corrida – de acordo com dn.pt – é entre três advogados de formação, católicos, do Estado da Renânia do Norte-Vestefália, que se estrearam no Bundestag em 1994 : Friedrich Merz, Armin Laschet e Norbert Röttgen.
Mas na luta para suceder à chanceler Angela Merkel, o favorito é um quarto: o líder dos aliados bávaros da CDU, Markus Söder.
No Congresso online que começa esta sexta-feira, mil e um delegados vão eleger o próximo líder. Uma vez que este tem sidom tradicionalmente, o escolhido para ser candidato a chanceler, a corrida seria, à partida, o primeiro passo para suceder a Merkel, que deixará o poder depois das Eleições de 26 de Setembro, quase 16 anos após ter assumido o cargo.
Mas uma sondagem da Der Spiegel indica que 40 por cento dos alemães acreditam que Söder, o líder da CSU e presidente do Estado da Baviera, seria o melhor candidato conservador a chanceler.
O primeiro passo para a CDU decidir o futuro, passa, contudo, por ter um líder.
Annegret Kramp-Karrenbauer (ou AKK, como é conhecida) era vista como a herdeira de Merkel e foi eleita em Dezembro de 2018, dois meses depois de a chanceler anunciar que não iria recandidatar-se nem a liderar o Partido nem a um novo mandato à frente dos destinos da Alemanha.
Mas nunca conquistou os eleitores e, depois da confusão eleitoral no Estado da Turíngia (onde a CDU acabou por votar ao lado da extrema-direita da Alternativa para a Alemanha), acabou por anunciar a sua saída em Fevereiro de 2020.
A Pandemia de COVID-19 – com quase dois milhões de casos na Alemanha e quase 44 mil mortes (mais mil 244 só no Boletim desta quinta-feira) – obrigou a adiar as Eleições, inicialmente marcadas para Abril.
A nova data, Dezembro, acabaria também por ser mudada, já em Setembro. Ao longo de quase um ano, os três candidatos à liderança têm ficado à espera, o que pode baralhar as contas quanto ao vencedor.