A delegacia de Saúde de São Filipe emitiu hoje um parecer negativo quanto à realização da manifestação dos agentes culturais, que visa “pressionar” as autoridades e exigir uma solução para a área da cultura.
Em nota endereçada à associação dos produtores de eventos de Cabo Verde, na sequência de notas da câmara de São Filipe a solicitar parecer desta instituição de Saúde sobre a realização pacífica, esta referiu que, segundo a nova resolução nº 168/2020, aprovado no dia 14 de Dezembro, a ilha está ainda em estado de calamidade.
Desta forma, recorda que mantém-se encerradas, em todo o país, as instalações desportivas, as actividades culturais, recreativas, desportivas, de lazer e de diversão, lembrando que “não estão autorizadas realização de actividades que impliquem aglomeração de pessoas”.
Em declarações à Inforpress, o responsável pela manifestação a nível local, Ixo Gonçalves, disse que está a tentar contactar a delegada de Saúde e a Polícia Nacional para garantir que as regras de distanciamento e de higienização vão ser cumpridas e assim realizar a actividade.
Entretanto, garante, caso não for possível reverter esta decisão, a organização vai respeitar o parecer, devendo para tal explicar, através da comunicação social, os motivos da não realização da manifestação pacífica e proceder à entrega do manifesto dos agentes culturais à vereadora da cultura da Câmara Municipal de São Filipe.
A manifestação está agendada para às 15h00, com concentração na praça 4 de Setembro, seguindo-se uma passeata pelos principais bairros da cidade e passagem por Cobom, III Congresso, Santa Filomena e término no largo de Cruz dos Passos.
C/ Inforpress
