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Cultura

Agentes Culturais de Porto Novo dizem-se abandonados pelo Ministério da Cultura

Os agentes culturais em Porto Novo, Santo Antão, manifestaram-se esta tarde contra aquilo que chamam de abandono dos agentes culturais na pandemia e pedem mais intervenção do Ministério da Cultura e Indústrias Criativas e do poder local para com a classe.

Músicos, artesãos, promotores de eventos e outros agentes culturais em Porto Novo dizem-se assim abandonados pelo Ministério da Cultura e Indústrias Criativas e também pelo poder local, no momento em que as actividaes culturais estão condicionadas pela Covid-19.

O ator e encenador Jorge Martins, presente na manifestação, questiona o porquê da classe ficar desprotegida, quando, na verdade, segundo diz, trata-se de um setor responsável por projetar Cabo Verde.

“A cultura tem sido altamente penalizada, isto verifica-se antes da pandemia. Em Porto Novo, praticamente a pandemia foi muito mais grave com artistas abandonados e não foi vista essa faceta de ajudar artistas. Se a arte e os artistas são a riqueza de um povo, que gere rendimentos, que levanta a economia, mobiliza o turismo, alegria, entretenimento e que paga impostos, porque razão essa classe ficou desprotegida e abandonada”, questiona o conhecido rosto dos Juventude em Marcha.

Ministro está a “brincar”

Para Jorge Martins, nos últimos tempos, ouve-se “discursos demagogos” que tentam “ludibriar os artistas”.

“Quando ouvimos o ministro da cultura dizer que 2020 foi um ano extremamente positivo para a cultura, isto é brincar com a inteligência dos artistas”, pondera.

Por seu lado, Luís Monteiro, músico e organizador da manifestação em Porto Novo, diz que não se viu na cultura, as medidas e incentivos tomados em várias outras áreas durante a pandemia, deixando os artistas e agentes da cultura ao “Deus dará”.

A manifestação dos agentes culturais, que decorreu um pouco por todo o país, visa sobretudo, a criação de uma Linha de Emergência, que passa pela criação do Estatuto Profissional de Artista e Agentes Culturais, criação do Estatuto de Utilidade Pública às entidades promotoras de bens e serviços culturais e subsídio de sobrevivência  aos trabalhadores informais do setor.

Ainda pedem linha de crédito bonificado para empresas do setor e isenção de taxas de impostos, entre outras reivindicações.

O apelo é para quem de direito olhar para a cultura e não deixar “desprotegidos” agentes culturais que não podem ou encontram-se com o trabalho condicionado na pandemia.

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