O Movimento cívico SOKOLS 2017 defende que os cidadãos cabo-verdianos não sentem a “tão propalada liberdade”. Para sustentar esta posição, este movimento elencou uma série de questões que vão desde a transparência governativa à necessidade de autonomia.
“Apesar de comemorarmos hoje mais um dia dedicado à Liberdade e Democracia, os cidadãos deste país não sentem esta tão propalada liberdade”, avançou.
Segundo este movimento cívico Cabo Verde apresenta um grande défice de transparência governativa que favorece a corrupção, a má gestão da coisa pública e anula a meritocracia, com todas as consequências que daí advêm para o desenvolvimento do país, hipotecando assim o futuro do país.
Outro aspecto que mereceu destaque do SOKOLS prende-se com o facto de uma significativa percentagem da população cabo-verdiana ainda não ter habitação condigna, nem acesso à água potável, saneamento básico, educação, saúde, alimentação, segurança, justiça, transporte ou emprego.
”Os sucessivos governos deste país não têm tido uma política que eleja como prioridade as necessidades reais das pessoas, para aumentarem o índice de felicidade dos cabo-verdianos”.
Para este movimento a autonomia das ilhas também é outro imperativo de desenvolvimento para que a democracia evolua para um patamar superior, permitindo que as ilhas, de Santo Antão à Brava, tenham um desenvolvimento harmonioso, equilibrado e justo.
“A nossa ação consiste no estímulo da cidadania ativa e para que os governos de Cabo Verde tenham como prioridade de desenvolvimento as verdadeiras necessidades dos cabo-verdianos, aumentando o seu índice de felicidade”, argumenta.
O Movimento SOKOLS 2017 conclui, informando que elegeu 2021 como o Ano da Autonomia, porque com as eleições que se aproximam, deseja que a Autonomia entre nas agendas políticas, de socialização e discussão.
Assinala-se o Dia da Liberdade e da Democracia, esta quarta-feira (13), data em que, pela primeira vez, os cabo-verdianos exerceram o seu direito de voto em eleições democráticas e multipartidárias no país, após 15 anos de regime de partido único.