O cantor e apresentador de televisão Eder Xavier posiciona-se a favor da manifestação nacional do sector da Cultura e entretenimento, marcada para hoje, terça-feira,12, para “pressionar” as autoridades e exigir uma solução para o sector da cultura, “cancelado” desde Março de 2020. Éder apela à participação de todos.
Para este popular cantor e “cara” do programa Show da Manhã, da Televisão Pública de Cabo Verde – TCV, esta manifestação será mais uma chamada de atenção para o problema sério e grave pelo qual que passam os profissionais no sector do entretenimento, desde o início da pandemia.
“Muita gente faz a classificação de sectores da actividade económica como ‘muito importantes’ e ‘não prioritários’ mas, não se lembram que em qualquer uma dessas categorias a finalidade é comum: gerar negócio, criar empregos, ter rendimento e pôr um prato à mesa”, contesta na sua página no Facebook.
É neste sentido que Eder Xavier vai juntar-se a esta causa para “contribuir lá onde for possível, a favor de todos que neste momento passam dificuldades sérias” no sector da cultura, defendendo que esta manifestação “não é, nem nunca será um posicionamento contra ninguém, nem contra nenhuma iniciativa”.
“Vou sair à rua para chamar a atenção das autoridades e decisores políticos para esta situação perigosa para a sustentabilidade das empresas do ramo do entretenimento e ‘show biz’. Vou juntar-me a estas pessoas que precisam de uma solução das autoridades, pois, a Covid-19 não deve ser motivo para se cruzar os braços à espera que a pandemia desapareça ou que caia do céu, uma solução milagrosa”, explica.
Igualdade
Eder Xavier questiona ainda se aquando das campanhas eleitorais, se uniram forças para encontrar soluções para o exercício político-eleitoral, o que impede agora de se assumir o desafio de encontrar uma solução segura para que a actividade cultural e recreativa sobreviva.
Para este compositor, produtor e cantor que possui também negócios ligados à cultura, é uma obrigação e responsabilidade de todos, nomeadamente, do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas (MCIC), o Parlamento Cabo-verdiano, os líderes partidários, os profissionais do sector cultural, as associações e as ONG’s com representação em Cabo Verde e a sociedade civil encontrar uma solução para o sector da cultura.
“Eu podia não ser cabo-verdiano, podia não ser apresentador de televisão, podia não ser compositor, podia não ter negócios ligados à cultura, podia não ter crescido num meio cultural, podia não ter cantado nem gravado algo, nunca, podia não ser produtor cultural ou de televisão, podia não ter qualquer contacto com este mundo da cultura. Mas, felizmente tenho! E é por isso que participo…”, termina.
De realçar que a manifestação dos agentes culturais a nível nacional está marcada para esta terça-feira, 12, em todo o país, um dia antes do Dia da Liberdade.
A organização é encabeçada por Zé Rui de Pina, com o apoio de inúmeros profissionais das artes e do entretenimento, que se têm juntado à causa.
