As atenções epidemiológicas da covid-19 em Cabo Verde estão agora centradas na ilha de São Vicente, que regista o maior foco da doença no país.
A propagação do vírus nesta ilha deve-se, segundo a delegada de saúde substituta Jacqueline Cid, às celebrações do Natal e fim de ano, em que as pessoas realizaram festas clandestinas, indo contra as indicações das autoridades sanitárias.
“Os resultados traduzem as festas, o black friday, aglomeração de pessoas em lojas, nas pessoas que fizeram as suas ceias e festas de fim de ano clandestinas. Esses ignoram as chamadas de atenção, mas lembremos que a vacina ainda não chegou a Cabo Verde, portanto não podemos nos descuidar”, advertiu, citada pela RCV.
Até agora São Vicente soma 220 casos activos da doença, a maioria registados nesta última semana. Só neste fim de semana, foram 83 novos casos diagnosticados na ilha do Monte Cara.
Para evitar aglomerações e dar respostas mais eficazes à demanda de testes na ilha, a partir desta segunda-feira, 11, o Centro de Estágios passa a destinar-se exclusivamente para os testes PCR, para viajantes e de diagnóstico da covid-19, enquanto os testes rápidos passam para a sede da Delegacia de Saúde.
No total, o país contabiliza 12.316 casos positivos acumulados e 466 activos, 114 óbitos associados à covid-19 e três por causas externas e dois pacientes estrangeiros transferidos no início da pandemia.
As autoridades sanitárias têm reforçado o apelo para que as pessoas cumpram o distanciamento social, usem máscara e pratiquem a higiene das mãos e demais recomendações, para evitar a propagação da doença no país.
