A Associação de Mulheres Empresárias de Cabo Verde (AME) está preocupada com os impactos da pandemia de Covid-19 que afeta a classe empresarial, há quase um ano.
Não obstante as medidas adoptadas pelo Governo no combate aos efeitos económicos da pandemia, com os sucessivos layoffs, moratórias e isenções fiscais, as empresas que continuam funcionais enfrentam graves problemas financeiros.
Eunice Mascarenhas, presidente da AME (Associação de Mulheres Empresárias) prevê a retoma da economia nacional a partir do segundo semestre de 2021, mas até lá, não esconde a preocupação, pois nem todas as medidas tomadas pelo Executivo apresentaram os resultados esperados.
“Numa primeira fase o Executivo lançou medidas que nós consideramos positivas, falo do layoff, das moratórias e do apoio às tesourarias”, disse citada pela TCV.
Porém, quanto aos apoios às tesourarias, a presidente da AME lamenta a “demora na resposta e a capacidade da banca em resolver, o mais breve possível, esta questão com as empresas” privadas.
“Mas isto não nos surpreende, pois, tem sido sempre assim, o tempo dos empresários (privados) nunca é igual ao dos empresários do setor público e, neste caso concreto da banca”, lamentou a empresária.
Para minimizar os impactos que continuam a afetar o setor empresarial, a AME sugere que o Governo isente alguns impostos, bem como a assunção dos empréstimos que as empresas contraíram para o reforço de tesouraria.
“Uma das coisas que o Governo deveria fazer, como fez com as empresas que estão no Regime Especial das Micro e Pequenas Empresas (REMPE), é a isenção do pagamento de impostos para o setor do turismo, não digo a isenção de todos os impostos, mas pelo menos parte deles”, explicou Mascarenhas.
Além disso, a forma como as empresas devem pagar as dívidas, contraídas durante o período de pandemia, é outras das preocupações da associação. Por um lado, a AME propõe a redução o IVA para 6% (atualmente nos 10%). Seguidamente, segure uma “espécie de indulto” às empresas sempre foram cumpridoras junto das Finanças e que, nesta situação em concreto, não estão a cumprir.
Por último, Associação de Mulheres Empresárias pede ao Governo a absorção a fundo perdido dos empréstimos, ou pelo menos de 50% dos empréstimos contraídos para o apoio à tesouraria das empresas.
C/TCV