Já foi publicada no Boletim Oficial nº 1, I Série, de 08 de Janeiro, assinado pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, a exoneração de Francisco Tavares no cargo de embaixador cabo-verdiano na Nigéria.
Conforme avança a Inforpress, o Chefe de Estado, no seu primeiro decreto presidencial de 2021, deu por finda a comissão de serviço do embaixador Francisco Tavares na Nigéria, que havia sido recentemente nomeado para representar Praia em Lagos e, também, junto da CEDEAO.
Recorde-se que em Julho de 2020, Francisco Tavares, antigo presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, ilha de Santiago, foi nomeado embaixador de Cabo Verde na Nigéria, mas o nome foi criticado no país por ser um “embaixador político” e não.
Mas, seis meses depois, o Governo decidiu substituir Francisco Tavares por outro embaixador ainda a designar, com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Luís Filipe Tavares.
Segundo o Governo, este “volte-face” tem a ver com as dinâmicas negociais com a implementação e a integração dos membros da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) na Área de Livre Comércio Continental Africana, que entrou em vigor em 01 de Janeiro.
Luís Filipe Tavares, em conferencia de imprensa esta quarta-feira, explicou que, por uma “questão de estratégia”, o embaixador para Abuja vai ser um “diplomata de carreira e experiente”.
“Decidimos enviar para Abuja [na Nigéria] um diplomata experiente nas lides comerciais e negociações internacionais”, disse o chefe da diplomacia cabo-verdiana, justificando a decisão do Executivo, pelo facto de a dinâmica das negociações ter sido “muito forte” e, portanto, com “desenvolvimentos muito rápidos e permanentes”.
Conforme o mesmo, a decisão tem a ver com a necessidade de se ajustar a “estratégia política para a integração regional de Cabo Verde na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e, consequentemente, na grande zona de comércio continental, que, como referido anteriormente, entrou em vigor em Janeiro”.
C/Inforpress