Países em desenvolvimento apresentam baixas perspectivas de imunização, no combate à Pandemia Global do novo Coronavírus.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para as desigualdades entre os países mais ricos e os mais pobres no acesso às vacinas contra a COVID-19.
A Coligação de organizações “People’s Vaccine Allianc” – escreve o portal pt.euronews.com -, estima que em quase 70 países em desenvolvimento, apenas uma em cada dez pessoas vá ser imunizada ao longo deste ano.
Um contraste evidente em comparação com os países mais desenvolvidos, onde a vacinação já está já marcha. Apesar de representarem 14 por cento – % – da população mundial, em Dezembro, os estados mais ricos tinham já comprado 53% das vacinas. Ou seja, caso todas as vacinas sejam aprovadas, têm já doses suficientes para imunizar três vezes todos os seus habitantes.
Os efeitos negativos de uma corrida à vacinação foram salientados, sexta-feira, pelo diretor-geral da OMS, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, que alertou para os perigos da auto-destruição de um “nacionalismo vacínico”.
“Actualmente, 42 países estão a distribuir vacinas COVID-19 seguras e eficazes. Trinta e seis destes, são países de rendimento elevado e seis são países de rendimento médio. Portanto, é claro o problema de que os países de baixo rendimento baixo e a maioria dos países de rendimento médio ainda não estão a receber a vacina”, revelou o representante da OMS.
As Nações Unidas, que através da iniciativa COVAX, fomentam um acesso mais igualitário às vacinas, aguardam, agora, pela proposta da Oxford-AstraZeneca. A vacina já aprovada no Reino Unido, pode ser a esperança para muitos países de baixos rendimentos, onde o fornecedor se comprometeu a entregar 64% das doses.