Óscar Santos tomou posse como novo governador do BCV, na manhã desta sexta-feira, 8. Com um discurso centrado na retoma da economia, o novo governador do BCV não se esquivou das críticas da oposição política sobre a sua nomeação.
O novo governador do BCV diz pretender exercer o cargo com sentido de serviço público, cumprindo as leis da república e prestando a colaboração necessária com lisura, transparência e lealdade.
Óscar Santos diz trabalhar para manter a tabela de preços, promover a liquidez do sistema financeiro assente na estabilidade do mercado, colaborar na disseminação da política monetária e executá-la de forma autónoma, gerir as reservas cambiais e, em última instância, desempenhar a função de conselheiro do Governo.
O relançamento da economia do país é um dos focos de Óscar Santos que diz “fazer de tudo” para ajudar a economia nacional e que não se envolve com fait-divers da oposição política.
“Se alguma imodesta me é permitida nesta solene ocasião diria que, olhando pelo retrovisor, devo concluir que fiz tudo aquilo que pude no limite das minhas capacidades físicas e intelectuais para desempenhar com mérito os cargos que ao longo da vida me foram conferidos. Não sou uma pessoa para me distrair com fait-divers ou ainda com factos e incidentes sem especial relevância na conjuntura”, rebate Óscar Santos.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que presidiu a cerimónia, diz que o Governo está convicto que a nova administração irá “continuar a reforçar o prestígio e importância” do BCV na história da economia do país, principalmente na resposta à crise da Covid-19 e na recuperação e relançamento da economia.
Foram empossados também os novos administradores, António Varela Semedo, Maria Teresa Lopes da Luz Henriques e Elias da Veiga Pereira.