O Democrata Raphael Warnock venceu as Eleições Especiais para o Senado dos Estados Unidos da América (EUA), na Geórgia, ao bater a senadora Republicana Kelly Loeffler, tornando-se no primeiro senador negro na História daquele Estado conservador.
Warnock, cuja vitória foi anunciada pelas cadeias de Televisão Norte-americanas CNN, CBS e NBC, é pastor na mesma Igreja em que Martin Luther King pregou até ser assassinado, em 1968, em Atlanta, durante o Movimento pelos Direitos Cívicos dos Afro-Americanos.
“Esta noite, demonstrámos que com esperança, trabalho duro e pessoas do nosso lado, tudo é possível”, disse Warnock aos apoiantes num discurso virtual, resgatado pelo portal jn.pt.
O outro Democrata em liça, Jon Ossoff, também estava à frente na contagem face ao senador Republicano cessante, David Perdue, quando estavam contados 95 por cento(%) dos votos.
Ossoff, com 33 anos, poderá tornar-se o mais jovem senador Democrata desde Joe Biden, eleito naquele Estado, em 1973.
A confirmar-se a Eleição dos dois Democratas, o Partido de Joe Biden reforçaria a vitória, podendo obter o controlo daquela Câmara, no que seria um novo revés para o Presidente em exercício, Donald Trump, que continua sem admitir a derrota nas Eleições de 3 de Novembro.
Com uma dupla vitória na Geórgia, os Democratas obteriam 50 lugares no Senado, tal como os Republicanos.
Mas, tal como previsto na Constituição, a futura vice-Presidente Kamala Harris teria o poder de “desempatar”, fazendo pender o equilíbrio da balança para os democratas.
Galvanizados pela vitória de Joe Biden naquele Estado conservador do Sul, a primeira desde 1992, os Democratas conseguiram mobilizar os eleitores, particularmente os afro-americanos, a chave para qualquer vitória dos democratas.
Mais de três milhões de eleitores puderam votar antecipadamente, representando cerca de 40% dos recenseados na Geórgia, um número recorde em eleições para o Senado neste Estado.