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Sociedade

Crioulo em breve no Facebook: Empresa cabo-verdiana trabalha na segunda fase de implementação

O Facebook está prestes a adicionar a tradução automática para a língua cabo-verdiana na sua plataforma, no âmbito do programa de expansão da tradução a todos os idiomas do mundo presentes nesta rede social. Uma empresa cabo-verdiana já está a trabalhar na segunda fase de implementação e espera-se que ainda este ano os utilizadores possam desfrutar da novidade.

 Trata-se da Lang Consult (LC), que também está a colaborar na tradução de outras línguas africanas, incluindo o Kimbundu e Umbundu (Angola) e Dyoula (Costa do Marfim).

Desta forma, a língua materna de Cabo Verde (kabuverdiano) está a um pequeno passo de entrar na lista dos idiomas com tradução automática no Facebook. O objectivo desta rede social é ter disponível na sua plataforma e acessível aos cibernautas todas as línguas do mundo.

O projecto, denominado LATTE, já está na segunda fase de implementação. Para além da tradução de quatro línguas nativas africanas, a LC será a responsável pelo controlo de qualidade do Kikong e Chokwe, ambos de Angola.

O volume será de 66.508 palavras para a tradução de cada uma das quatro línguas, com previsão de entrega para 22 de Janeiro de 2021.

Após a entrega da “matéria-prima” a esta data, espera-se que nos próximos meses, e ainda este ano, os usuários possam começar a desfrutar da tradução em suas respectivas línguas, salvaguardando que o processo levará algum tempo para adaptação.

De acordo com o CEO da LC, Omarú Djaló, a escolha das palavras que vão integrar o “dicionário” cabo-verdiano no Facebook foi feita em duas fases. Num primeiro momento, através dos conteúdos da própria rede, daquilo que os usuários publicam. Depois, numa segunda fase, com base em textos mais formais, como notícias. Estas palavras devem servir para o treinamento dos algoritmos da inteligência artificial do aplicativo.

Entretanto, indica, por uma questão de “representatividade”, a variante predominante será a de Santiago. Juntam-se também palavras do vocabulário do Norte, mas precisamente da ilha de São Vicente.

Para a empresa, trata-se de um marco histórico para Cabo Verde e uma possibilidade de abrir ainda mais as portas do país ao mundo, bem como um “empurrão” para a oficialização do crioulo.

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