O Movimento para o Desenvolvimento de São Vicente (MDSV) apontou a promoção da cultura de segurança como um factor importante para o desenvolvimento do país.
Este movimento cívico fez esta consideração nas vésperas do sexto aniversário (8 de Janeiro) do acidente marítimo do Navio Vicente, que causou a morte de 15 pessoas. Neste sentido apelou para que a data seja relembrada pelas diferentes autoridades do país.
“O Movimento para o Desenvolvimento de São Vicente pede que essa data seja relembrada pelo governo, câmaras municipais, deputados, universidades, escolas, sindicatos, para educar, sensibilizar, promover uma cultura de segurança para um país com menos acidentes, fator importante do desenvolvimento”, escreveu o MDSV numa nota endereçada a esta redação.
Na ótica deste movimento cívico, o escrupuloso respeito pelas normas de segurança é fundamental pela salvaguarda de vidas humanas, tanto no mar como em terra e esse objetivo só se atinge, com uma cultura de segurança.
“Para além das 15 vítimas mortais, as perdas materiais, do navio e da carga, os elevados custos com os serviços de busca e salvamento, os encargos sociais com as famílias que caíram na pobreza extrema porque perderam o único meio de subsistência com a morte do familiar, são o pesado balanço do incumprimento das normas de segurança e da negligência institucional”, acrescenta.
Além da tragédia envolvendo o Navio Vicente, o MDSV, faz menção ao acidente de trabalho, ocorrido em Achada Santo António no mês passado, que levou a morte de um trabalhador da construção civil .
“O inspetor do trabalho deixou entender nas sua declarações à Comunicação Social que, de uma maneira geral, verifica-se uma grave violação das normas de segurança no trabalho, mesmo pelos próprios trabalhadores que deviam ser os primeiros a exigir e a cumprir essas normas e que em 2019 verificaram-se 389 acidentes com seis vítimas mortais o que é demais para um país pequeno”.
Estes factos aqui apontados, segundo o MDSV representam o exemplo de como se lida com as questões de segurança de forma negligente no país e que não podem continuar a acontecer.
