Alguns moradores de Coice das Pombas estão impossibilitados de usar as casas de banho devido a problemas na orla marítima. Quando o mar está revolto, a água entra pelas sanitas e lavatórios impedindo o seu uso. A situação tem indignado os moradores, que são obrigados a manter as sanitas cobertas.
Antes a água do mar entrava diretamente pelas casas, agora, feita alguma intervenção de urgência na orla marítima do Paul, o problema passou a ser outro. A água do mar, como contam os moradores à TCV, passou a entrar pelas sanitas e lavatórios, impossibilitando o uso das casas de banho.
“Se nós sentarmos na sanita saímos de lá molhados pela água do mar. Fizeram um trabalho para nos proteger de certa forma, mas criaram outros problemas e isso não pode continuar a acontecer”, conta o morador António Duarte à mesma fonte.
Em consequência, as sanitas permanecem cobertas para evitar a entrada da água do mar e os moradores são obrigados a fazerem as necessidades em baldes.
A autarquia diz já ter conhecimento da situação. Conforme conta António Aleixo, presidente da Câmara do Paul, os moradores não alertaram a empresa que interveio na orla marítima.
“Algumas famílias não tinham fossas individuais e sim uma ligação direta ao mar e feito o trabalho de mitigação dos efeitos da maresia no local, acabou por surgir esse outro problema. Houve alguma distração dos moradores que não alertaram a empresa sobre a situação”, justifica o autarca.
António Aleixo garante, entretanto, que a autarquia está a procurar formas de ajudar, “naquilo que é possível”, para tentar resolver a situação. No momento, conforme avança, pode-se criar uma fossa para as famílias afetadas.
As obras de requalificação da orla marítima do Paul poderão arrancar ainda este ano.
C/ TCV