A Plataforma das Comunidades Africanas Residentes em Cabo Verde (PCARCV) vai priorizar em 2021 a reorganização e o reforço da organização, bem como trabalhar no sentido de promover uma melhor integração social dos emigrantes.
O presidente da plataforma, José Viana, em entrevista à rádio pública, anunciou um conjunto de acções de capacitação, direcionadas aos membros da comunidade, nomeadamente formações de informática e nos domínios de auto-emprego.
“Vimos a necessidade dos filhos de emigrantes estarem mais próximos do processo educativo. Criamos também um projecto, portanto uma formação na área educativa, que consiste no acompanhamento pedagógico dos filhos do emigrantes que apresentem maior dificuldade neste sentido. Estivemos num encontro com o novo presidente da Câmara municipal e nesse encontro saíram de lá alguma medidas no sentido de ele juntar a sua voz a nossa voz para que haja um acelerar dos compromissos que as instituições que gerem a questão da emigração para que minimizassem as dificuldades de poderem encontrar um título de residência, ser filiados no INPS. Vamos querer acelerar o processo e fazer com que haja maior garantia de acesso a essas recomendações”, disse
este responsável reiterou ainda a preocupação dos emigrantes africanos residentes em Cabo Verde em conseguir a legalização, uma questão, que a seu ver, necessita ser revista.
“É preciso e é urgente porque das várias entrevistas que eu já dei, nós temos uma larga quantidade de emigrantes que estão a residir no país em situação ilegal, não têm documentação nenhuma e isso dificulta também a questão da nacionalização dos filhos dos emigrantes que nascem no país. Quando se fala a lei solo não justifica para emitir um documento como nacional. É preciso outras medidas para poder se ultrapassar essa questão”.
José Viana diz que espera que em 2021 haja uma sinergia no sentido de facilitar a legalização dos emigrantes.