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Diáspora

PAICV preocupado com atraso no recenseamento na diáspora

 O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) está “muito preocupado” com o atraso no recenseamento na diáspora e pede que o Estado crie as condições para que os emigrantes se recenseiem.

A preocupação foi manifestada pela presidente do partido, Janira Hopffer Almada, depois de se ter reunido, por video-conferência, com as estruturas do partido da diáspora na Europa, África e nos Estados Unidos da América (EUA).

“É importante que, neste novo contexto de pandemia, o trabalho prossiga, com as necessárias adaptações, sempre em prol do país. Para nós, a diáspora é uma dimensão fundamental da nação global que somos! Por isso mesmo, estamos muito preocupados com os atrasos no recenseamento um pouco por toda a nossa diáspora”, escreveu Janira Hopffer Almada na sua página do Facebook.

Janira Hopffer pede uma vez mais ao Governo que deixe de discursos e passe à prática, salientando que a diáspora cabo-verdiana merece o respeito também no momento de decisão.

“Se a diáspora é importante para o nosso desenvolvimento, e é, ela também deve ser respeitada nos momentos de decisão! O emigrante cabo-verdiano tem o legítimo direito de votar, mas, para isso, ele precisa que o Estado lhe crie as condições para se recensear”, realçou a presidente do principal partido da oposição.

As eleições legislativas de 2021 em Cabo Verde ainda não têm data marcada. 

Na segunda-feira, 28, o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, reuniu o Conselho da República para a marcação da data. Entretanto não foi possível sair do encontro com uma decisão final, e, segundo o chefe de Estado, serão necessários mais uns dias para ponderar e marcar as legislativas articuladas com as presidenciais, respeitando assim as regras da constituição e do código eleitoral e levando em consideração algumas preocupações dos conselheiros.

O atraso no recenseamento na diáspora, sobretudo, devido ao confinamento por causa da pandemia, foi um dos argumentos apresentados pelos conselheiros e também na audição dos partidos políticos registados no Tribunal Constitucional e de outras entidades, o que motivou Jorge Carlos Fonseca a essa ponderação.

As datas, tanto das eleições legislativas como presidenciais, devem ser conhecidas nos próximos dias, conforme indicou o Chefe de Estado, que tem de as anunciar até 70 dias antes do dia da votação.

C/ Inforpress 

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