O ex-presidente da Câmara Municipal, José Luís Santos, promete levar, o recém-eleito edil, Cláudio Mendonça, às barras do tribunal. Em causa está a acusação de desvio de 36.600 contos que eram destinados à execução de obras municipais e habitação social.
José Luís Santos considera que a declaração do actual presidente é contraditória, irresponsável e própria de quem ainda não estudou bem os dossiers da Câmara Municipal.
“Aliás, as mais de 4 horas de passagem de pastas de nada lhe serviu”, reforçou.
O ex-presidente confirma que em Setembro contraiu o único empréstimo bancário do seu mandato, no valor de 65 mil contos, para trabalhos de requalificação e construção de habitação social em toda a ilha.
“Refiro-me às obras da entrada e largo de Bofareira já na fase final, largo de igreja e praça de Fundo das Figueiras já financiadas e que estão paradas, no qual o presidente deve esclarecer aos munícipes o porquê da sua paralisação.Refiro-me também às obras do Rabil já concursadas e que aguardam apenas o aval de Tribunal de Contas e ainda as obras de Estância de Baixo e Cabeça dos Tarafes que incluem intervenções nas estradas e passeios e que não tiveram nenhum desembolso”, realçou.
Entretanto, sustentou que cada centavo usado está bem descrito nas contas municipais.
José Luís Santos assume que devido à situação financeira difícil do município, parte do crédito foi usado em outras ações da Câmara Municipal, nomeadamente para o pagamento do salário dos funcionários, reintegração dos vereadores e pessoal do seu gabinete.
O ex-autarca sustenta que se trata de uma deslocação de verbas, uma operação financeira corrente, uma prática normal e legal, e não de desvio de dinheiro, segundo frisou Cláudio Mendonça.
Conforme garante, houve um despacho a indicar que a parte do dinheiro usado seria reposta através do fundo municipal, que normalmente entra nos cofres da autarquia a 28 de cada mês.
“E no processo de passagem de pastas, passamos-lhes essas informações” remata, José Luís Santos que diz estranhar o facto do actual presidente avançar que desconhece o fim dado ao montante em causa.
José Luís Santos afirma estar de consciência tranquila e deixa claro que vai intentar um processo judicial contra o presidente Cláudio Mendonça, a fim de provar o desvio de dinheiro de obras municipais.
José Luís Santos em jeito de conclusão avisa que esse ataque à sua personalidade, é uma forma de Cláudio Mendonça desviar a atenção dos munícipes, dos sinais claros de incapacidade da sua governação e uma mera tentativa de camuflar a questão do lixo que já invadiu a ilha, da venda ambulante que assaltou a cidade e para justificar a paralisação das obras que deixou em curso e outras já financiadas.
C/BV no Ar