Os estivadores da Enapor, no Porto Novo, em Santo Antão, estão insatisfeitos com o corte de 30 por cento – % – no subsídio de Natal. A classe profissional reuniu-se, esta quinta-feira, 24, com o Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA), para discutir o assunto.
O alegado corte de 30% de que falam os trabalhadores terá sido, “a priori”, aplicado apenas aos estivadores em Porto Novo, o que leva o SLTSA a estranhar a deliberação apresentada.
“Existe um corte, à partida, de 30 % no subsídio de Natal. É uma situação anómala e, ao que tudo indica, foi aplicado só em Porto Novo. Nós perguntamos: porquê? Será que é alguma discriminação em relação a esse grupo de trabalhadores no Porto Novo? Estamos a questionar e vamos continuar a questionar e, por conseguinte, vamos caminhar com os trabalhadores até ao fim”, promete Carlos Bartolomeu, presidente do SLTSA.
Os trabalhadores aproveitam para, também, reivindicarem um subsídio de alimentação e de risco, que ainda não se aplica à classe.
O presidente do SLTSA, que representa os estivadores, entende que a situação deve ser reposta, a bem dos trabalhadores. Caso as insatisfações não forem ouvidas e corrigidas, a classe poderá partir para uma greve, já em Janeiro.
A NAÇÃO tentou ouvir a Enapor, mas resultaram infruitíferas as diligências feitas.
Entretanto, da deliberação a que o A NAÇÃO teve acesso, a Empresa diz, entre outras coisas, que 2020 tem sido um ano atípico, com “forte redução nos rendimentos”, exigindo “medidas de mitigação” da situação, por forma a poder responder aos compromissos e desafios que possui.
