A detenção ocorreu no sábado, 19, na Praça da Preguiça, em Espargos. A Polícia Nacional (PN) acusa Mina Oliveira de diversos crimes, entre eles injúria agravada e desobediência à autoridade. A jovem garante que a PN está a faltar com a verdade.
Mina Oliveira, de 25 anos, defende que todas as acusações feitas contra a sua pessoa são falsas e que a PN está a trazer factos que não ocorreram no dia. De acordo com a vítima, em entrevista ao jornal O País.cv, na noite de sábado estava com o namorado e mais duas pessoas na Praça quando foram abordados pela polícia.
A jovem terá pedido para ser revistada por uma mulher, mas o agente que os abordou exaltou-se e acabou por arremessar Mina Oliveira. Ao chegarem na Esquadra, a jovem confirma que foi revistada por uma agente que não a encontrou com nada ilegal. Mina garante que esteve na cela até domingo, por volta das 13h. Em alguns momentos, terá tido um ataque de “asma e pânico” e alega que os agentes demoraram para prestar-lhe socorro e chegaram a zombar dela. Mais tarde, Mina Oliveira teve de ser levada à Urgência, no Hospital Regional do Sal.
As autoridades
Em comunicado na sua página de Facebook, a Polícia Nacional alega que se encontravam em uma operação policial enquadrada do Plano Operacional Natal e Fim do Ano em Segurança, quando abordaram um aglomerado de pessoas na Praça da Preguiça, onde muitas delas estariam a consumir bebidas alcoólicas.
Mina Oliveira encontrava-se entre essas pessoas e “recusou terminantemente em ser submetida à revista por uma agente feminina da equipa operacional em serviço, apesar de advertida por diversas vezes de que com a sua atitude, estaria a cometer um crime de desobediência”, lê-se no comunicado.
Ao ser levada para a Esquadra, a PN alega que a jovem estava muito agitada, ameaçou e injuriou as autoridades, negando continuamente em obedecer à ordem policial. Além disso, negam também que a jovem tenha sido agredida pelos agentes policiais.
A audição de Mina Luísa Fonseca de Oliveira estava marcada para a manhã desta segunda-feira, mas foi adiada para 7 de janeiro.
C/ O País.cv