A Transportes interilhas de Cabo Verde – TICV -reforçou a programação de Dezembro com 20 vôos, mas, apesar do aumento da procura e da perspectiva mais animadora do contexto local da Pandemia de COVID-19, a quebra de passageiros transportados é de 68,5 por cento – % -, com a consequente quebra de receitas.
A TICV programou, inicialmente, para as ligações entre as ilhas do Arquipélago, no último mês do ano, um total de 148 vôos, o que corresponde a uma oferta de dez mil e 300 assentos, tendo em conta que, de Setembro a Novembro, não se transportaram mais de sete mil e 300 passageiros por mês.
“No entanto, com o decorrer deste mês, notou-se um considerável aumento da procura e, assim, foram adiccionados mais 20 vôos, com capacidade para mil 440 passageiros. Na sua maioria, os reforços foram para as ilhas de São Vicente e do Sal. O facto de ainda não haver escalas internacionais na Ilha do Sal, não justifica que se faça o vôo Sal-São Vicente, por falta de procura”, explica o diretor-geral da TICV, Luís Quinta.
Em Dezembro do ano passado, a TICV transportou 27 mil passageiros, mas a perspectiva para 2020, no mesmo mês, não ultrapassa os oito mil e 500 pessoas, representando uma quebra de 68,5%, face a 2019.
“Com a respectiva de quebra de receitas que isso provoca, problema que se vem a arrastar desde Março do corrente ano. Embora a situação da COVID-19, a nível nacional, se encontre mais animadora, a mesma não tem sido acompanhada por correspondente aumento do número dos turistas e emigrantes, e isto faz com que a Companhia continue a ser fortemente afectada pelos efeitos da Pandemia”, admite o Quinta.
Para conter a transmissão da COVID-19, por decisão das autoridades nacionais, as ligações aéreas domésticas, asseguradas pela TICV, foram suspensas no final de Março. Só em 15 de Julho começaram a ser retomadas, progressivamente.
Segundo dados da Direcção Nacional de Saúde, o País registou, nos últimos 14 dias, uma taxa de incidência nacional acumulada de 110 casos de COVID-19 por cem mil habitantes.
A procura para o mês de Janeiro, segundo as previsões e dados da TICV, ainda parece ser idêntica à de Novembro, que rondou os sete mil e 300 passageiros, contra os 26 mil transportados em Janeiro de 2020, significando uma quebra de 72%.
“A Companhia segue, de perto, as reservas para identificar as necessidades de tirar ou acrescentar vôos”, anuncia Luís Quinta.
A TICV assinalou, em Setembro de 2019, o milhão de passageiro transportados em Cabo Verde e assegura as ligações aéreas para sete ilhas do Arquipélago, com três ATR-72 500, com capacidade para 72 passageiros.
