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Brava

Brava: Ruptura recorrente de gás preocupa moradores e instituições

A população bravense está “revoltada” com a frequente ruptura do estoque de gás, principalmente da Shell – Vivo Energy, que tem sido recorrente na Ilha, desde o início do ano.

É uma situação que afecta não só o dia-a-dia das famílias, mas o próprio funcionamento dos serviços de restauração e mesmo algumas instituições que temem ficar sem este produto na Shell.

Neste momento – segundo informa a Inforpress -, há gás, “somente da Enacol” e a previsão da chegada de um reforço do estoque, ainda esta semana, enquanto que já lá vão mais de 20 dias sem gás da Shell.

Segundo Ana Lobo, desde o início do ano que tem vindo a enfrentar constrangimentos com a aquisição de gás, uma vez que reside numa zona distante da Vila de Nova Sintra – a Capitaldo Município -, o que dificulta a sua chegada atempada aos postos de venda, quando o gás chega à “Ilha de Eugénio Tavares”.

“O gás tem vindo em pouca quantidade e, ao chegar na Ilha, a remessa termina rápido”, explica, apelando “a quem de direito, para analisar esta situação”, porque Brava “é sempre a mais prejudicada” neste sentido.

Segundo esta dona de casa, o que lhe parece estranho é o itinerário do barco da Shell, que tem na sua agenda uma viagem agendada para a Ilha do Fogo, ainda antes do Natal, quando o mesmo não acontece para a Brava.

 “Nos sensibilizam para não acumular garrafas em casa, mas não nos deixam alternativas, porque, quando o gás seca, não há estoque na Ilha”, lamenta.

Igualmente, Cátia Delgado, responsável de um estabelecimento de restauração, diz que tem enfrentado várias dificuldades e que a Empresa não lhe dá outra alternativa que não seja a acumulação de garrafas.

Neste momento – sublinhou -, tem somente uma garrafa em uso, e, “caso ela secar, não há o que fazer”, a não ser cruzar os braço,  até que a Shell receba gás.

“Tendo em conta a situação que o País vive, devido à Pandemia da COVID-19, temos lutado para mantermos os poucos clientes que nos resta, mas, muitas vezes, enfrentamos dificuldades que ultrapassam a nossa capacidade de resolver, como a falta de gás na Shell”, aponta Delgado.

A ruptura de gás na Ilha é, também, uma preocupação do administrador da Delegacia de Saúde da Brava. Em conversa com a Inforpress, este responsável demonstrou-se apreensivo, tendo em conta o número de pacientes internados e a responsabilidade que detém para com estes.

Quem manifestou também a sua preocupação perante a recorrente ruptura de estoque do gás da Shell é o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, apelando a uma reposição deste “bem de primeira necessidade”, o mais breve possível.

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