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Santiago

Cidade da Praia: Acidentados reclamam  falta de Raio X no Hospital “Dr. Agostinho Neto”

Após um acidente de viação, ocorrido na tarde de segunda-feira, 14, as vítimas que foram encaminhadas ao Hospital “Dr. Agostinho Neto”, na Cidade da Praia, alegam ter passado por vários constrangimentos, incluindo a falta de máquina para a realização do Raio X, pelo que tiveram de recorrer a uma clínica privada para os exames.

Um casal e mais três pessoas, incluindo os seus dois filhos (sendo um, recém-nascido, e uma criança de sete anos), que sofreram, na tarde desta segunda-feira, 14, um acidente de viação, na Rotunda Braz de Andrade, na entrada do Palmarejo (na Cidade da Praia), alegam que  passaram por muitos constrangimentos no Hospital da Praia.

“Após o acidente, em que um carro bateu no nosso, e capotamos três vezes, fomos socorridos e levados ao Banco de Urgência. Chegamos aflitos e eu priorizei as crianças, pois, queria saber como estava o meu bebé de três meses e o meu outro filho de sete anos, que estava com muita dor, na cabeça. No entanto, puseram a criança na maca e mandaram-me fazer a ficha, entregar o documento da criança e perguntaram-me a forma de pagamento, como se estivéssemos numa consulta qualquer”,  denuncia a esposa, que preferiu o anonimato.

Tendo em conta a sua condição, por ser um dos acidentados, conta que foi falar com uma das recepcionistas da Urgência da Pediatria, que mandou-lhe chamar os familiares, para darem seguimento ao processo. 

“Chamei a minha irmã e, depois, foram ver o meu bebé e disseram-me que, ‘aparentemente’, estava bem. Tudo isso, sem nenhuma outra  observação; foi só de vista desarmada. O meu outro filho, após a consulta, pediram-nos exames de sangue e Raio X”, sublinha.

Para fazermos as análises e o Raio X solicitados, a interlocutora do  A NAÇÃO disse que se dirigiram ao Laboratório do “Dr. Agostinho Neto”, mas que, quando entregaram “o papel”, foram informados de que o Raio X estava avariado. 

“Uma das funcionárias disse-me que a máquina estava a ser reparada, naquele exacto momento, e que poderia demorar horas ou dias. Que  não tinham uma previsão”, conta, revoltada. 

Avança que pediu o Livro de Reclamações, que foi uma decepção. “Quando assinei a reclamação, pedi cópia e disseram-me que não havia. Algo estranho, porque, é comum ter-se uma original, que fica com o Hospital e uma cópia para quem reclama.  Tive que fazer a foto, com o telemóvel do meu irmão, que me acompanhava no momento, como prova da minha reclamação, por tudo o que tinha passado”, remarca.

Tendo em conta que “a situação se agrava, cada vez mais”, esta utente disse que acabou por desistir e dirigir-se a uma clínica privada, onde foi fazer as análises do filho  e do cunhado, que, também, estava no mesmo carro acidentado. 

“Foram muitos constrangimentos. Isso sem contar com obras nos arredores do Laboratório, em pleno horário de expediente. Graças a Deus, tínhamos dinheiro para ir ao privado. Estas coisas não podem acontecer, porque, nem todos têm esta possibilidade”, salienta.

O A NAÇÃO tentou contactar a nova Direcção do “Dr. Agostinho Neto”, empossada a 6 de Outubro, mas não obteve sucesso. 

Sendo assim, ficamos em aberto para quaisquer esclarecimentos, inclusive, se a máquina para a realização do Raio X já foi reparada, tendo em conta a sua utilidade. 

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