A primeira reunião de vereadores de São Vicente, após as autárquicas, foi suspensa, quinta-feira, 10, devido a um desentendimento entre Augusto Neves do MpD e António Monteiro da UCID. Em causa esteve a distribuição de pelouros e análise dos instrumentos de gestão para 2021.
Em conferência de Imprensa, António Monteiro, presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), frisou que a discórdia com Augusto Neves começou após o actual edil levar para a votação uma lista para a distribuição de pelouros “em cima do momento”, sem que as propostas tivessem sido discutidas antes e, também, pelo facto de Augusto Neves “não aceitar as sugestões sobre a distribuição dos pelouros” aos vereadores.
O líder da UCID acusa ainda o presidente da Câmara Municipal de São Vicente (CMSV) de “ditadura pura de fazer inveja a Mussolini” (ex-primeiro-ministro da Itália) e “Stalin” (revolucionário comunista e político da ex-União Soviética em meados da década de 1920).
“Disse-lhe [ao Augusto Neves] que esses senhores fizeram a ditadura com inteligência e que ele deveria ter a inteligência para fazer essa mesma ditadura”, revelou António Monteiro, em declarações à Imprensa.
De acordo com Monteiro, a UCID pediu o pelouro de Urbanismo e Gestão do Território e o pelouro Social, contudo, conforme avançou, o atual edil não se pronunciou sobre o assunto. Além disso, considera que Augusto Neves fez uma “jogada política” ao atribuí-lo um pelouro a tempo inteiro.
Na distribuição dos pelouros, Augusto Neves propôs ficar com as Finanças, Actividades Económicas e Planeamento Estratégico, Urbanismo, Ordenamento e Gestão do Território, Protecção Civil, Fiscalização e Segurança.
A António Monteiro, da UCID, foi atribuída a vereação a tempo inteiro com competências para as áreas de Transporte e Equipamentos, Gestão e Manutenção da Frota e Oficinas, Energias, Iluminação Pública, Inovação e Tecnologia e ainda Segurança Rodoviária.
C/ Inforpress