1- A Ilha do Fogo, mais concretamente, o Município de São Filipe, a par de São Vicente, contrariam a tendência Nacional, das últimas semanas, de baixa de novos casos positivos de COVID-19.- Em contramão
O Concelho da Praia (na Ilha de Santiago), que, durante um longo período foi o epicentro do novo Coronavírus, nesta terça-feira, 1 de Dezembro, para alegria e contentamento dos moradores e das autoridades, não registou nenhum caso de COVID-19.
Na segunda-feira – último dia de Novembro -, no já tradicional Encontro com a Imprensa, o director Nacional da Saúde (DNS), Jorge Noel Barreto, reportou que, nos últimos 14 dias, houve uma tendência de baixa de novos casos, remarcando, todavia, ser preciso esperar as amostras pendentes nos diversos laboratórios do País, em ordem a se fazer uma avaliação mais ajuízada.
“Em relação à taxa de incidência acumulada, a nível Nacional, nos últimos 14 dias – de 16 a 29 de Novembro -, está com 142 por cem mil habitantes. De 2 a 15 de Novembro, estava em 183 por cada cem mil habitantes. Os dados dos últimos 14 dias são provisórios”, avança o DNS, reconhecendo ser “preocupante” a situação de São Filipe (no Fogo) e de São Vicente.
No Município da Praia, a taxa de incidência acumulada, nos últimos 14 dias (até segunda-feira, 30 de Novembro), diminuiu de 166 casos por cem mil habitantes, para 85 por cada cem mil.
O maior número de casos activos de COVID-19 está na Praia e em São Filipe.
Tanto Jorge Noel Barreto como a presidente do INSP (Instituto Nacional de Saúde Pública), Maria da Luz Lima reiteram a necessidade de “não se baixar a guarda”, malgrado a queda de ocorrências, na Cidade-Capital de Cabo Verde.
Insistem e relembram as directivas e os procedimentos que devem ser o ritual nestes tempos covídicos, quais sejam: o uso de máscara, a correcta e frequente lavagem das mãos, a etiqueta respiratória, o distanciamento físio-social, as não-aglomerações, entre vários outros.
Se cada um fizer a sua parte…
Vergaremos Sars-Cov-2.
2- Regresso
Após uns dias de ausência, eis que, terça-feira, 1 de Dezembro, a “Ilha de Nhô Tatai” regista mais um novo caso de COVID-19.
Poupada durante largo tempo, Brava teve a sua primeira ocorrência a 13 de Outubro passado (quase), sete meses após a primeira notificação em Cabo Verde, mais concretamente, na Ilha da Boa Vista, 19 de Março.
Com a última ocorrência, a Ilha mais a Sul de Cabo Verde contabiliza um total de 24 infecções acumuladas.
Em conversa com a Inforpress, o delegado de Saúde, o médico Júlio Barros, garante que “todos os 23 casos já se encontravam” curados.
O clínico garante que ele e a sua Equipa estão no terreno, incansavelmente, a realizarem testes de despistagens, de modo a terem a noção exacta de qual é o estado epidemiolófgico da Ilha, no que ao novo Coronavírus diz respeito.
Barros – à semelhança dos responsáveis sanitários de outros rincões do Arquipélago -, reforça o apelo para que todos colaborem na luta contra este vírus “prindante”, traiçoeiro, oportunista, inconfiável, invisível e mortífero, lamentando um “relaxamento exagerado” da população bravense.
O delegado de Saúde está, também, preocupado com a entrada de passageiros de outras ilhas, alguns dos quais com casos positivos e activos.
É o preço do desenvolvimento.
O remédio mesmo, é jogar na antecipação e….ser pró-activo.
Todos nós…
3- Bom exemplo
Vem de “Djarmai”.
Aliás, Ilha do Maio, a vizinha da Grande Santiago.
Por mor de COVID-19, os clubes de Futebol, reunidos na Associação local, decidem, por unanimidade e a uma só voz: não estão criadas condições para a abertura da Época Futebolística 2020/2021.
Fica p’ra outra altura.
Até porque, há tempo p’ra tudo.
Mesmo p’ra uma balizinha ou mata-mata.
Em primeiro lugar, está a Saúde Pública.
Principalmente, dos homens da bola.
Fica este bonito e bom exemplo.
Que é um lapidar modelo a ser seguido, tanto pelos homens e amantes da bola, como pelo pessoal de outros sectores.
Incluindo os políticos…
E de quaisquer actividades que requerem e alimentam ajuntamentos, aglomerações e concentrações de pessoas.
Vivô o Maio!
4- Novo “lay off”
Palácio da Várzea da Companhia (na Cidade da Praia) prepara uma nova proposta de Lei para o novo período – o quarto! – de suspensão temporária de trabalho (“lay off”).
O anúncio foi feito, um dia desses, pelo vice-Primeiro-Ministro, também ele, ministro das Finanças, Olavo Correia, avançando que cobrirá, pelo menos, o primeiro trimestre de 2021.
Correia reconhece que diversos sectores de actividades, com destaque para o Turismo, prosseguirão, no ano que vem, “altamente impactadas” e afectadas, por via da Pandemia Global do novo Coronavírus.
Em face disso, “faz todo o sentido” que o Estado continue a auxiliar essas empresas, cuja maioria fica nas ilhas (turísticas) do Sal e da Boa Vista.
Bom…
“Ilhas turísticas” não colhe unanimidade.
Há que mesmo argumente e sustente que “todas as ilhas de Cabo Verde são turísticas”.
Cada uma à sua maneira.
Com cada qual a ter as suas especificidades, maravilhas e atractividades.
Na parte que nos toca…pomos a nossa chancela.
5- Alvíssaras!!!
Ufaaaaaa!!!!
Alvíssaras!!!!
Até que enfim.
O sonho quase já vira realidade.
A acreditar nos entendidos das coisas da Saúde, é já na próxima semana que começa a saga da vacinação contra o novo Coronavírus.
Tão esperado quanto desejado, o anúncio chegou, nesta quarta-feira, 2 de Dezembro, dando conta de que o Reino Unido aprovou o uso generalizado da vacina contra a COVID-19.
Esta imunização foi co-desenvolvida pelas empresas Farmacêutica (Norte-Americana), Pfizer, e de Biotecnologia BioNTech (Alemã).
A Imprensa Global dá conta de que a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido já deu o visto “bom”, garantindo que a vacina candidata “BNT162b2” – nome por que é baptizada -, “é segura para uso generalizado”.
Após a aprovação, a vacinação de grupos de alta prioridade deve começar, no Reino Unido, já na próxima semana.
A Pfizer e a BioNTech garantem que a vacina é 95 por cento eficaz na imunização contra o novo Coronavírus.
As empresas já solicitaram, também, à FDA (Food and Drug Administration dos Estados Unidos da América) e à Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que permita o uso imediato da vacina candidata.
Tomara que chegue a todos.
E não somente a alguns…mais sortudos e bafejados pelo poder do dinheiro.
Que assim seja…
Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 692, de 03 de Dezembro de 2020