O presidente da Comissão Política Regional do PAICV em São Vicente considera que a Assembleia Municipal não deve marcar sessões ordinárias nem distribuir tarefas antes de conhecer a decisão do Tribunal Constitucional sobre o pedido de impugnação.
Alcides Graça fez essa apreciação em conferência de imprensa esta manhã, no Mindelo, onde pediu, por outro lado, que a Câmara Municipal faça o que for possível para trabalhar e avançar com as reuniões pendentes e distribuição de pelouros.
“No entendemos que, estando um pedido de impugnação a ser decidido pelo Tribunal Constitucional, a Assembleia não deveria marcar sessões ordinárias porque não sabemos qual será a posição do tribunal. O bom-senso manda a que aguardemos a decisão e só depois marcar assembleias e distribuir tarefas”, considerou o presidente da CPR do PAICV na ilha, que diz ter conhecimento de que há uma tentativa de reunir os deputados para constituir grupos de trabalho.
Já no que diz respeito à Câmara, o político tem leitura diferente.
“Não há nenhum pedido de impugnação do presidente ou da Câmara Municipal. O presidente já deveria ter assumido a liderança do processo, chamar os vereadores e ir fazendo aquilo que é possível, como a distribuição dos pelouros”, defendeu, recordando que o mandato anterior já terminou, pelo que não se pode alegar gestão corrente.
Alcides Graça alerta que continuam dois vereadores a trabalhar na Câmara Municipal, embora sem atribuição de pelouros nem profissionalização dos mesmos.
“Há muita coisa por fazer e o presidente, neste particular, não tem agido corretamente, nem com os vereadores da oposição, nem com a vereadora eleita do MpD.
Alcides Graça diz não querer levantar nenhuma suspeição relativamente aquilo que se passa na câmara, apelando que haja um entendimento e o bom-senso a bem de São Vicente e de Cabo Verde.
“Não somos apologistas de nenhuma suspeição nem da queda da câmara e o PAICV não irá contribuir para isso”, alegou, cobrando, ainda assim, uma posição do presidente eleito. “O povo de São Vicente merece uma explicação”.
Quanto à decisão do TC, Graça diz aguardar que a apreciação seja feita dentro de, pelo menos, 15 dias.