Os jogadores residentes e o staff técnico da selecção cabo-verdiana de basquetebol estão de regresso ao país, após a participação na primeira fase “adversa” do apuramento para o Afrobasket 2021
Fidel Mendonça, capitão da selecção, em declarações à RCV disse que o grupo deu o máximo de si nos três primeiros jogos, no entanto, fala das dificuldades encontradas.
Além disso, o internacional cabo-verdiano confessa que sabia de antemão, de todas as dificuldades que iriam passar durante os jogos.
Primeiro, pela ausência de alguns jogadores importantes e, pelas restrições que a FIBA impôs às selecções motivadas pela pandemia.
“Praticamente não fizemos nenhum treino antes dos jogos. São situações que não esperávamos, mas acabaram por acontecer e tínhamos que as ultrapassar e fazer o nosso máximo em campo”, explicou o basquetebolista, ao lembrar da vitória contra Marrocos, da derrota contra o Egipto e de “um grande jogo” contra o Uganda. Situação que deixa a selecção “viva na qualificação”.
Apesar da selecção cabo-verdiana ter disputado os três jogos só com nove jogadores à disposição do seleccionador, Emanuel Trovoada, situação poderia ter ficado ainda mais delicada. Fidel Mendonça conta que, ele e o Anderson Gomes ficaram três dias em isolamento.
“Quando chegámos ao Egipto fomos testados à Covid-19. O meu teste deu positivo num primeiro momento, depois como a repetição o teste deu inconclusivo, então tive que fazer mais dois testes, estes sim deram negativo”, explicou o jogador.
Mendonça diz respeitar os protocolos da FIBA, porém, a situação teve impacto na preparação para os jogos.
“Praticamente eu o Anderson não treinámos. Chagámos na segunda-feira e estivemos até a quinta-feira em isolamento à espera do teste negativo para que pudéssemos jogar. Não fizemos nenhum treino antes do jogo da sexta-feira. Soubemos que iríamos a jogo contra Marrocos uma hora antes do início da partida”.
Contudo, apesar dos constrangimentos, Fidel Mendonça acrescentou que o grupo não perdeu a identidade.
“Somos um povo lutador e resiliente, sempre tivemos adversidades, e a selecção não foge à regra”.
Rumo ao Afrobasket 2021
Cabo Verde está no terceiro lugar do grupo, com duas derrotas e uma vitória, ainda assim, mantem-se na zona de qualificação para o Afrobasket, e está, igualmente, entre as três selecções que mais marcaram nesta primeira fase da competição.
A nível individual, Ivan Almeida ficou a apenas 1, do líder de pontuadores, Ishmail Wainright do Uganda. Portanto, no segundo lugar.
Estas prestações, diz o capitão, devem servir de exemplo para os jovens em Cabo Verde, que mesmo não estando a jogar a nível profissional devem “ambicionar coisas grandes”, para um dia chegarem à selecção e lutarem para serem referenciados em África.
A segunda, e última, fase de qualificação para o Afrobasket 2021 decorre em Fevereiro, num país ainda a ser definido pela FIBA.
Até lá, a promessa que Fidel faz ao país é de “esforço e sacrifício” para que a selecção nacional possa estar no Afrobasket, o maior palco do basquetebol africano.
C/RCV