O Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, é um dos 800 oradores que vão participar na 11.ª edição do Web Summit, a maior conferência da Europa em tecnologias da Internet, que acontece inteiramente ‘online’ de hoje a sábado (5).
A promoção de Cabo Verde como um destino de investimento externo na área da economia digital é uma das ideias que o Chefe do Governo leva para a edição de 2020 da Web Summit.
Em declarações à RCV, Correia e Silva explicou que o Governo tem vindo a criar “as condições de políticas fiscais, financeiras e de investimentos” para a dinamização do sector de economia digital, como, por exemplo, a “forte aposta” na educação digital. E, consequentemente, levar o país o mais longe possível como um destino de investimentos externos na área da economia digital.
Pois, conforme o Primeiro-ministro, a pretensão do seu Governo é posicionar Cabo Verde como uma plataforma digital, como uma porta de entrada para África e para o Atlântico médio, “tendo em conta as condições propícias que o país tem como a estabilidade, a confiança de incentivos e particularmente o seu capital humano”.
Ou seja, com “jovens talentosos, com fácil capacidade de aprendizagem” e com um ambiente favorável ao empreendedorismo tecnológico.
Acesso à Internet pode ser acelerado em países em desenvolvimento
Ainda no âmbito do ciberespaço o Relatório da Acessibilidade, publicado hoje pela Aliança para Internet a Preços Acessíveis (A4AI, sigla inglesa) defende que o acesso à Internet pode ser acelerado se países em desenvolvimento (como Cabo Verde) e emergentes elaborarem melhores planos nacionais para o desenvolvimento da banda larga.
Mormente, com políticas a longo prazo, como medidas fiscais, regulamentação e investimento público, podem impulsionar o progresso no sentido de uma maior acessibilidade.
Os autores do relatório defendem que planos nacionais de banda larga podem contribuir para reduzir os preços e garantir um crescimento inclusivo das infra-estruturas porque tornam os investimentos públicos mais eficazes, encorajam os investimentos do sector privado e criam parcerias e formas de supervisão.
A pandemia Covid-19 veio aumentar a urgência de desenvolver o acesso à Internet nos países com mais necessidades nesta área, pois se tornou numa ferramenta essencial para as pessoas trabalharem, terem aulas, obterem acompanhamento médico ou simplesmente comunicarem entre si.
C/RCV