O edil cessante, Jorge Nogueira, terá deixado as contas bancárias da Câmara Municipal de São Filipe literalmente zeradas depois de desembolsar, nas vésperas da posse dos novos órgãos autárquicas, perto de 28 mil contos para o pagamento de subsídios de reintegração e outras despesas.
Segundo A NAÇÃO apurou, contrariando todas as previsões, Jorge Nogueira resolveu, na hora de deixar o poder, desembolsar todo o montante que resultou de duas transferências bancárias para a Câmara Municipal de São Filipe, uma de 17 mil contos e outra de 10 mil contos, feitas pelo Governo a 19 de Novembro, exactamente no dia da investidura dos novos órgãos autárquicas saídos das eleições autárquicas de 25 de Outubro último.
Consta que, em dois dias, 19 e 20 de Novembro, terão sido emitidos vários cheques que foram levantados antes da passagem de pastas para o actual elenco camarário. Assim, logo no primeiro dia de trabalho, a nova equipa camarária liderada pelo edil Nuias Silva, terá encontrado todas as quatro contas do município junto de instituições bancárias literalmente zeradas, ou seja, uma situação financeira difícil.
Além do pagamento do subsídio de reintegração a todos os funcionários que julgou ter direito, incluindo ele próprio, Jorge Nogueira também pagou outras despesas que, conforme fontes do A NAÇÃO, terão sido facturas de materiais, alegadamente doados durante a campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 25 de Outubro.
Refira-se que, em 2016, altura em que fora eleito Presidente Câmara Municipal de São Filipe, Jorge Nogueira, recusou pagar os subsídios de reintegração aos então quadros especiais e vereadores por considerar que tal medida era ilegal, mesmo depois do Tribunal da Comarca de São Filipe o ter condenado por esse facto. A NAÇÃO sabe que o referido processo ainda se encontra no Tribunal de Relação à espera de uma decisão.
