A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) celebrou esta terça-feira (24) o seu 30º aniversário com uma conferência de imprensa intitulada “Uma vida a Cuidar da Liberdade de Imprensa”, na Cidade da Praia. Carlos Santos, actual presidente da associação, garante que ao longo destes 30 anos a AJOC ” muito tem feito para fazer ouvir a “voz dos jornalistas”.
Em declarações, o presidente da AJOC, Carlos Santos, mostra-se satisfeito com os ganhos obtidos nesses 30 anos da instituição e afirma que a associação tem feito propostas ao Governo e intervindo junto das empresas de comunicação social sempre que há problemas de violação de códigos deontológicos ou questões laborais, tudo para dar “voz aos jornalistas”.
“A AJOC tem intervindo e tem feito ouvir a voz dos jornalistas. Os jornalistas têm de facto feito aquilo que lhes compete no sentido de reforçar a liberdade de imprensa em Cabo Verde”, explica Carlos Santos.
O presidente da referida associação ainda lista algumas preocupações da AJOC para com o jornalismo cabo-verdiano.
“Temos chamado a atenção para aspetos como o financiamento dos meios de comunicação social, a especialização dos jornalistas, a falta de investimentos no jornalismo de investigação, tudo são preocupações que a AJOC tem feito chegar à sociedade cabo-verdiana de uma forma geral, não apenas ao Governo, mas nós temos debatido isso com a sociedade cabo-verdiana”, explica Santos.
No evento que marca a terceira década da existência da AJOC, esteve presente o atual chefe de Governo, Ulisses Correia e Silva, assim como convidados e oradores, Carlos Veiga e José Maria Neves, ambos ex-dirigentes do país. A estes juntou-se Silvino Évora, docente e investigador na Universidade de Cabo Verde e o conhecido jornalista cabo-verdiano Daniel Santos.
A cerimónia teve um momento alto a entrega do prémio nacional do jornalismo, edição 2020, entregue ao jornalista Daniel Almeida do jornal A Nação e Cassandra Silva da TV Record, que venceram, respectivamente, na categoria da imprensa escrita e televisão.
A AJOC foi fundada em 24 de Novembro 1990 com a finalidade de promover a liberdade de imprensa e a defesa dos direitos e interesses socioprofissionais da classe jornalística. É de realçar a contribuição dos jornalistas e da comunicação social na
história da construção da democracia e do estado do direito em Cabo Verde.