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Fogo

JPAI afirma que figurino de governação do país não capitaliza juventude como activo de desenvolvimento

O presidente da Juventude do PAICV (JPAI), Fidel Cardoso de Pina, afirmou que o actual figurino de governação do país não capitaliza a juventude como um activo de desenvolvimento.

O líder da juventude tambarina falava na manhã desta terça-feira (24), na ilha do Fogo, durante uma conferência de imprensa sobre o balanço de uma visita aquela ilha.

“É visível que pelos impactos da pandemia e a falta de políticas de emprego e de acesso à formação para a juventude foguense, que continuamos com um ‘figurino de governação do país’ que em nada capitaliza a juventude como um ativo do desenvolvimento”, disse o responsável.

Para Cardoso de Pina, o impacto da covid-19 trouxe sérias consequências na juventude foguense, nomeadamente o abandono escolar para os estudantes, que por um lado residem sobretudo nas comunidades mais encravadas e que por outro, se encontram fora de Cabo Verde ou noutra ilha numa formação profissional e/ou superior e que os seus pais/encarregados de educação viram os seus rendimentos serem reduzidas pela suspensão de contratos.

“Em muitos casos porque foram para o desemprego e, ou ainda, quando muitos estudantes trabalhadores perderam seu emprego. É preciso dizer que, infelizmente, temos assistido a reações tardias deste governo nesta matéria tão sensível”.

Dentro deste contexto, o presidente da JPAI alerta para a necessidade de se começar a pensar no ensino superior no Fogo, que segundo ele é “uma das falhadas promessas do governo do MpD”.

O potencial da ilha nas áreas ligadas à vulcanologia, sismologia, agricultura, com destaque para cultura de videira, do café e da produção industrial e artesanal do vinho, silvicultura, turismo, são tidas como sectores que poderiam ser aproveitados nesta lógica.

Fidel Cardoso de Pina cobra da juventude uma postura mais interventiva e participativa na vida económica, social e política da ilha, denunciando os constrangimentos que impedem o seu desenvolvimento, reivindicando os investimentos públicos necessários, bem como uma política de discriminação positiva para a fixação de jovens na ilha.

Esta fonte concluiu manifestando a sua preocupação pelo imensamente o facto do Fogo estar a perder, de forma constante e sistemática, jovens quadros que poderiam permanecer na ilha e ajudar no crescimento e desenvolvimento da ilha.

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