Os confinamentos impostos pela Europa, desde o final de Outubro, começam a mostrar resultado e alguns governos admitem relaxar restrições ao comércio, por alturas do Natal.
Inglaterra e França deverão anunciar, esta semana – de acordo com o sítio pt.euronews.com -, um relaxamento das restrições, em especial do pequeno
Comércio, para permitir uma janela de esperança a alguns dos negócios mais afectados pelos actuais confinamentos, impostos por uma segunda vaga de COVID-19, com vários recordes diários batidos de contágios e mortes.
Em Londres, o Primeiro-Ministro Boris Johnson tem previsto para a noite desta segunda-feira, 23, uma declaração ao País a explicar o próximo período de contenção da Epidemia, previsto começar a 3 de Dezembro, sabendo-se que as medidas anunciadas se vão limitar a Inglaterra.
Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales têm autonomia Legislativa para deliberar as respectivas medidas.
De acordo com alguma imprensa britânica, Boris Johnson deverá fazer a Inglaterra voltar a um sistema de três níveis de risco, com as regiões onde a situação é mais grave a poderem ver as restrições agravadas e todas a serem incluídas num Programa Nacional de Testagem Maciça.
A testagem rápida, ensaiada num Projecto-Piloto, em Liverpool, com apoio das Forças Armadas, vai fazer parte do novo Programa Nacional de Testagem.
A hora de encerramento (22 horas) para bares e restaurantes deverá ser alargada, com os derradeiros pedidos a terem de ser feitos até às 22 horas, mas os clientes a terem mais uma hora para o consumo.
No nível de risco mais elevado, os “Pubs” e bares só vão poder vender para fora e os do segundo nível só se servirem refeições, mesmo para fora.
Os ginásios e o pequeno Comércio não-essencial, encerrados desde 5 de Novembro, vão poder reabrir em algumas regiões inglesas de risco mais moderado.
Quanto ao período de Natal, o Primeiro-Ministro deverá esperar por quinta-feira, 26, para anunciar as medidas previstas para a quadra, de forma a poder melhor coordená-las com os governos da Escócia e de Gales.
Um grupo de cientistas britânicos propôs, entretanto, um conjunto de medidas para permitir aos cidadãos celebrar o Natal em conjunto, incluindo, por exemplo, com eventos comunitários ao ar livre, dependendo da evolução dos números da Epidemia.
Seja como for, o ministro das Finanças britânico, já avisou que, “frustrante como é, o Natal este ano não vai ser normal”.
Enquanto isso, após semanas de enorme Pressão Epidemiológica, inclusive com um dia (08 de Novembro) a registar mais de 80 mil infecções, parece estar a acontecer em França um abrandamento nos contágios e uma consequente queda da curva da Epidemia.
Há sinais de que o reconfinamento, implementado no início de Novembro, está, finalmente, a ter resultados, embora os hospitais continuem sob uma enorme pressão, com mais de 31 mil camas ocupadas, incluindo cinco mil 509 nos Cuidados Intensivos (UCI), e que a actualização dos números este domingo, 22, ainda indiquem 13 mil novas infecções diagnosticadas e mais 215 mortes em ambiente hospitalar.
Pressionado pela Sociedade Empresarial e mesmo por parte dos cidadãos, o Presidente Emmanuel Macron agendou, para esta terça-feira, 24, uma Declaração ao País e deverá anunciar, também, um relaxamento das restrições.
No sábado, o Primeiro Ministro freancês, Jean Castex, já admitia para 1 de Dezembro a reabertura do pequeno Comércio, para permitir um maior período para as compras de Natal e, com isso, evitar a aglomeração excessiva na última quinzena. Os locais de culto também deverão poder reabrir.
Na Espanha, a Capital Madrid voltou, este domingo, a ser mais “Madrid”, com a reabertura do popular Mercado “O Rastro”.
Oito meses depois do encerramento compulsivo, devido à COVID-19 e, agora, com o Índice de Contágio (Rt) abaixo de um, “O Rastro” voltou a abrir as bancas na rua, mas limitado a metade dos habituais comerciantes, a apenas dois mil e 700 frequentadores e controlado por 150 agentes da Polícia Municipal e da Protecção Civil, com o apoio de drones.
O Governo, entretanto, já começa a preparar a chegada de uma vacina e o chefe de Governo prevê que, no final do primeiro Semestre, pelo menos, metade da população espanhola já vai estar imunizada contra o SARS-CoV-2.
A Campanha de Vacinação em Espanha deverá começar em Janeiro, perspetiva o Chefe de Governo, Pedro Sánchez.