Trabalhadores do hotel Meliá, na ilha do Sal, fazem nova manifestação para exigir o restante dos 35% do salário, estabelecido pelo “lay off” e desafiam o proprietário do grupo hoteleiro a viver com 100 euros mensais
Após a decisão da Inspeção Geral do Trabalho (IGT), que concedeu cinco dias ao The Resort Group (TRG), proprietário do hotel Meliá, um grupo de trabalhadores esteve em negociação com a Direção Geral do Trabalho, com a IGT e com os responsáveis do grupo hoteleiro, na qual lhes foi pedido uma trégua até sexta-feira, 20.
Findo este prazo e durante uma manifestação, este sábado, 21, pela cidade dos Espargos, Otília Ramos, uma das representantes dos trabalhadores do grupo hoteleiro, contou que lhes foi apresentado uma proposta de acordo que não é do agrado dos mesmos.
Ramos afirmou que não aceitaram os termos dispostos no acordo, pois, num dos pontos dizia que a TRG pagaria os restantes dos 35% do salário do mês de outubro, mas os trabalhadores teriam que aceitar receber os 11 mil escudos durante os meses de Novembro e Dezembro.
Os trabalhadores dizem estar a passar por dificuldades e com contas por pagar e desafiam o proprietário do hotel Meliá, o TRG, a sustentar a sua própria família com 100 euros durante um mês
“O desafio que todos nós lançamos ao proprietário do The Resort Group, é para que tente ficar com 100 euros mensais para as compras e o sustento da sua família”, sentenciou Otília Ramos.
Apesar das adversidades os trabalhadores dizem que não querem que hotel vá à falência e feche as portas, porque é de lá que tiram o sustento. Dizem, ainda, saber que a empresa é rentável e que querem “um administrador competente para gerir aquilo que lutam todos os dias, a trabalhar 12, 18 e até 20 horas”, concluiu a representante dos trabalhadores.
C/RCV