Os corpos dos 10 migrantes avistados, na quinta-feira, 19, na ilha do Sal, continuam por resgatar. Este domingo as buscas estão suspensas devido ao estado de agitação do mar. Entretanto os migrantes resgatados estão instalados no estádio Djidjuca.
Os seis corpos avistados no mar de Fundão, que se acredita serem de migrantes da costa africana, que vinham na piroga que deu à costa na ilha do Sal, no domingo passado, ainda não foram resgatados pelas autoridades da ilha.
O estado de agitação do mar tem estado a dificultar o resgate, pelo que as buscas continuam suspensas, segundo a Proteção Civil e a Polícia Nacional.
À RCV, o Comandante da Polícia Nacional no Sal, Orlando Évora, disse que os seus agentes continuam a patrulhar a região do Fundão e da praia de Água Doce, porque as autoridades não descartam a possibilidade de aparecerem mais corpos junto à costa.
Segundo informações não confirmadas, foram cerca de 150 migrantes que partiram do Senegal, rumo à Europa.
Histórico
É de recordar que na mesma zona foram encontrados já antes, quatro corpos de migrantes que, presumivelmente, também seguiam na mesma piroga que deu a costa, no passado domingo, na zona Pedra de Lume, com um grupo de 66 indivíduos.
De acordo com a PN já foram rastreadas todas as nacionalidades dos migrantes, pelo que está para breve o processo de repatriamento dos mesmos.
No hospital de Santa Maria, continuam internados quatro migrantes e os restantes estão abrigados no Estádio Municipal Djidjuca.
Corpos por resgatar não constituem perigo para a saúde pública
Conforme o Delegado de Saúde da ilha do Sal, José Rui Moreira, mesmo havendo corpos em decomposição na região do Fundão, por ser uma região de difícil acesso, “não constituem um perigo para a saúde pública”.
Estando no mar, a decomposição dos corpos pode demorar mais tempo do que em terra, e o clínico acredita que podem ser resgatados “ainda antes da total decomposição”.
Quanto ao estado de saúde dos migrantes internados no hospital de Santa Maria, e no estádio Djidjuca, estão a receber os devidos tratamentos e passam bem, garante o Delegado de Saúde.
C/RCV
