O Movimento para o Desenvolvimento de São Vicente (MDSV) atribuiu ao presidente da Câmara Municipal da ilha, Augusto Neves e à Câmara de Comércio de Barlavento a culpa pela saída de Elisângelo Monteiro da Inspeção Geral das Actividades Económica (IGAE).
Através de uma nota enviada à nossa redação, o MDSV frisou ainda que Elisângelo Monteiro não foi substituído num processo de normalidade, onde o objetivo devia ser definir as melhores políticas para os serviços e muito menos por razões de incompetência.
“Quem deu o primeiro sinal a pedir a cabeça do Elisângelo Monteiro, foi o candidato às autárquicas do MpD, em São Vicente, Dr.Augusto Neves que justificou os maus resultados eleitorais alcançados, dizendo publicamente, que enfrentou os partidos políticos adversários, mais o Sokols e a IGAE (…)A seguir, veio a Câmara do Comércio de Barlavento, posicionar-se também contra as inspeções feitas pela IGAE”, escreve o MDSV.
Para justificar esta tese que visa a Câmara de Comércio de Barlavento, este movimento recorda a apreensão de cerca de 120 mil litros de aguardente de má qualidade e 500 mil litros de material de falsificação, ocorrida entre Janeiro e Setembro de 2019.
“Para forçar a fermentação de determinados ingredientes utilizados no fabrico do grogue, alguns produtores tem utilizado produtos como o DDT(pesticida utilizado no combate a insetos ), além de fezes humanas e animais mortos, porque contém baterias. O inspetor-geral das atividades económicas afiançou que o serviço que dirige tem verificado casos descritos”.
Assim, foi neste quadro que MDSV defende que o conflito de interesses terá levado ao término da comissão de serviço de Elisângelo Monteiro. Para este movimento o Governo terá cedido a pressões e perturbado o normal funcionamento da administração pública.
Recorde-se Elisângelo Monteiro deixou o cargo na IGAE após uma decisão do Governo nesse sentido. Monteiro tinha sido nomeado para aquela posição por Leonesa Fortes quando esta era titular da pasta do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial.