Mais de 75% dos casos de cancro de próstata em Cabo Verde são diagnosticados em estado avançado, segundo o urologista Mário Frederico. O diagnóstico tardio da doença é para esse especialista o maior problema no combate.
O cancro de próstata é uma das principais causas de morte de homens no país, muito derivado do diagnóstico tardio. Apesar de não haver dados atualizados, a perceção, segundo o urologista Mário Frederico é de aumento de casos.
A taxa de incidência da doença, segundo o médico, é de 22.9 x 100.000 homens e a idade média do diagnóstico ronda os 70 anos de idade. A mortalidade provocada pela doença atinge os 22,2%.
O apelo é para a prevenção, que segundo Mário Frederico, só é possível através do diagnóstico, já que não se pode impedir o desenvolvimento da doença.
“A partir de 40 anos, devido a alterações biológicas no nosso organismo, relacionadas com o envelhecimento e outros fatores de risco, por outro lado, a própria raça negra que segundo estudos é mais propensa a ter esta doença, aconselha-se os homens, a partir dessa idade, a pelo menos uma vez por ano procurarem um urologista para uma consulta de rotina”, alerta o urologista.
Os meios de diagnóstico continuam a dividir opiniões, nomeadamente o toque retal, estigmatizado pelos homens. O urologista faz saber que é um exame rápido, sem dor e sigiloso e que não afeta a masculinidade. Para além do toque retal, o diagnóstico pode ser complementado com exames de sangue (PSA).
A doença, em estado avançado, provoca dificuldades em urinar, aumento da frequência urinária, jato urinário fraco, esforço e demora ao fazer xixi, ardor ao urinar, sensação de não ter terminado de urinar, disfunção erétil, presença de sangue na urina, sangue no esperma, dores ósseos, principalmente na coluna lombo-sagrada, insuficiência renal, entre outros.
Leia a reportagem completa aqui: https://www.anacao.cv//2020/11/12/
