Por: Faustino Vicente*
Da irresistível paixão pela lendária e centenária, Harley-Davidson, aos crescentes negócios de empresas de motoboys, as motos, das mais variadas marcas, têm escrito histórias dignas de clássicos filmes de Hollywood.” A primeira motocicleta foi fabricada em Milwaukee, (EUA-1903) pelos dois jovens William S. Harley, de vinte e um anos, e seu amigo, Artur Davidson.
Desse modelo, cuja única suspensão eram as molas do selim, foram fabricadas trinta e oito motocicletas entre 1903 e 1905”
A poderosa indústria cinematográfica norte-americana, vendedora de estilo de vida, ajudou a consagração mundial da marca com filmes como: O Exterminador do futuro 2, O Selvagem e Sem destino. “Qualquer trajeto a bordo de uma Harley, por mais simples que seja, é um ato de rebeldia.
Qualquer brisa é um vento de liberdade” define o historiador inglês John Monikki.
Do romantismo Da Harley-Davidson às outras marcas de competição esportiva, do passeio de casais apaixonados aos apressados motoboys (ou motogirls), da suavidade do asfalto à agressividade das manobras radicais da mítica prova Paris-Dakar, da simples entrega de uma saborosa pizza ao transporte de um importantíssimo documento, elas representam, hoje, precioso valor agregado na logística do globalizado mundo dos negócios.
Baixo custo operacional e singular agilidade na entrega fizeram delas um fator indispensável para o aumento da produtividade – fazer cada vez mais, e melhor, com cada vez menos, menos tudo – e, para a melhoria da qualidade, – adequação ao uso com satisfação do cliente.
Resultado: a praticidade gera maior lucratividade – remuneração do capital investido.
O seu uso é extremamente democrático, pois, sem preconceito de etnia, faixa etária ou credo religioso elas circulam em todos os países e integra a cadeia de suprimentos de organizações de todos os portes e segmentos, como elo interativo da logística.
Esta se apresenta como “ferramenta” do processo operacional do porto de Rotterdam (Holanda), o maior do mundo ou em qualquer outra atividade empresarial.
Embora a logística tenha ganhado destaque especial nas últimas décadas, a história nos revela que a sua existência data de milênios, principalmente, ligada aos grandes conquistadores da história, como Alexandre, O Grande. O deslocamento de tropas militares, por longos períodos, sempre exigiu um exemplar planejamento estratégico em abastecimento.
Para o mundo empresarial a logística significa “o gerenciamento do fluxo de material e de informação, o que possibilita ter o produto certo, na quantidade certa, no tempo certo, no lugar certo, nas condições previamente estabelecidas e, ao mínimo custo”.
Presente em todas as etapas do círculo da qualidade de produtos, e da prestação de serviços, a logística é sinônimo de praticidade: “produto” dos mais sedutores para as mulheres, face ao nosso estilo de vida que elas geraram.
A necessidade das mpresas focarem, “cirurgicamente”, o seu negócio, proporcionou o incremento de um novo setor: a terceirização e, até a quarteirização. Um dos exemplos mais significativos encontra-se nas modernas plantas das montadoras de veículos, hoje, um autêntico shopping center de autopeças – onde elas são “ancoras” – e os fornecedores, geograficamente próximos, as vezes na mesma área física, – empresas satélites.
Na era da INFOVIA, a competitividade mundial exige excelência na gestão dos produtos e serviços da iniciativa privada e dos investimentos governamentais em infraestrutura.
Os recursos humanos representam a diferença no desempenho da logística, pois simbolizam a única “matéria-prima” que gera riquezas – a inteligência humana.
Estamos convencidos de que a moto criou um mundo de negócios, dentro dos negócios do mundo.
Ah!…na “Logística Emocional” imbatível mesmo é o sorriso – a menor distância entre duas pessoas.
*Consultor em Gestão da Qualidade, Professor e Advogado
–e mail: faustino.vicente@uol.com.br – – Jundiaí (Terra da Uva) – São Paulo – Brasil
Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 686, de 22 de Outubro de 2020