Nos últimos tempos já são 400 o número de cabeças de gado dizimado pelos cães abandonados em Ponte Sul/Chã de Mato, interior do município do Porto Novo, em Santo Antão.
O representante dos criadores de gado local, Augusto Fortes, citado pela Inforpress, alerta para a situação que continua a revoltar os criadores de gado e que, no seu entender, deveria merecer atenção das autoridades competentes. Só nos últimos tempos, conforme o representante, 400 cabras foram atacadas.
A situação de ataque ao gado por parte de cães abandonados é um problema recorrente entre os criadores de gado de Porto Novo. O representante dos criadores de gado do Porto Novo, Romeu Rodrigues, fala em “enormes prejuízos” contabilizados nos últimos anos.
O ataque ao gado, constitui, segundo os criadores, uma ameaça à atividade pecuária em Santo Antão.
De recordar que foi criada, em março, uma comissão entre a Camara Municipal, a Delegacia de Saúde e a delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente para tomar medidas no solucionar da situação. Uma delas foi a captura e consequente abate dos cães.
Aliança
Entretanto, o Movimento Civil Comunidade Responsável (MCCR) propõe uma aliança entre os municípios para a gestão ética de cães abandonados. Os municípios de Santo Antão foram convidados a aderirem à iniciativa, mas como faz saber o movimento ainda não se tem resposta.
“Já fizemos um bom trabalho em Santo Antão e esperamos ter condições para a fase seguinte de castração e tratamentos diversos. Gostaríamos que Santo Antão aderisse à aliança , assim terá o apoio a sua disposição para que finalmente possa gerir a população canina e felina com rosto humano e de forma eficaz”, conta Maria Fortes, voluntária do movimento.
Os ataques ao gado são frequentes, pelo que o movimento diz que as Câmaras Municipais não estão a aplicar o código de postura municipal que obriga o registo dos cães e coima para quem não tiver o cão na residência.